Na sexta-feira, logo pela manhã, quando os trabalhadores da Apoena (Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar), em Presidente Epitácio, chegaram para trabalhar, o cenário foi diferente do que eles estavam acostumados. Na ocasião, um incêndio tomou conta de uma reserva florestal da associação, atingindo 250 hectares. Apesar do incidente, o presidente da entidade, ambientalista Djalma Weffort, acredita na rápida regeneração da mata.
De todos os incêndios que já ocorreram no local, Djalma afirma que esse foi o mais relevante, em termos de tempo e espaço que foram tomados. “O fogo foi muito rápido e se alastrou de forma fácil. No entanto, fico feliz em dizer que tinha mais fumaça do que labaredas, uma vez que as chamas percorreram bem rente ao solo”, explica.
Ainda de acordo com Djalma, a “área tem se mostrado com muita resiliência”, isto é, promovendo uma boa capacidade de se reconstruir em meio à destruição. Desta forma, ele reafirma sobre a regeneração rápida e também completa que, nos espaços de mata onde a recuperação não ocorrer de forma natural, “será necessária uma intervenção para fazer o replantio”. Mas, para que isso possa decidido, o ambientalista explica que conta com as próximas chuvas para verificar essa possibilidade.
Entre as espécies atingidas, a área tem “uma boa” incidência de angico e manjoleiro, que, ainda conforme o presidente da Apoena, são árvores bem resistentes ao fogo.
Combate às chamas
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, para que as chamas fossem contidas, foram aproximadamente 11 horas de trabalho. Para isso, foi necessária a atuação da companhia, bem como do Helicóptero Águia, da Polícia Militar, além de voluntários e funcionários da Prefeitura de Presidente Epitácio. Os 250 hectares de reserva atingidos pelo incêndio representam 30% de toda a área.