Mesmo após o governo estadual tornar facultativa a obrigatoriedade do uso de máscara em ambientes abertos e fechados, com exceção em transporte coletivo e unidades de saúde e hospitais, muitos ainda utilizam a proteção. Ao percorrer o calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, em Presidente Prudente, inclusive, a reportagem se deparou com pessoas que fazem o uso do EPI (equipamento de proteção individual). Uma decisão que, segundo os entrevistados, continua garantindo uma prevenção contra o coronavírius.
A advogada Raiane Lopes Rodrigues, 31 anos, que continua usando a proteção em todos os ambientes, explica que usa a máscara para evitar contrair a doença ou estar com ela e transmitir para outras pessoas. “Além disso, meu filho é uma criança de risco. Por isso, sempre tomo muito cuidado com a doença”, afirma.
A dona de casa Neuza Lopes dos Santos, 59 anos, que também continua utilizando o equipamento de proteção individual, diz que há muita gente sem máscara, contudo, considera que o momento ainda requer atenção. “Domingo eu fui a um supermercado e tinha muita gente sem máscara. Eu acho que as pessoas devem continuar usando”, considera.
Por outro lado, a dona de casa Daniela de Andrade, 36 anos, diz que usa a proteção em locais fechados, principalmente em ambientes relacionados à saúde. “Em outras ocasiões eu coloco a máscara, mas retiro se eu vejo que o ambiente não está muito cheio”.
O médico infectologista André Luiz Pirajá da Silva explica que a pandemia da Covid-19 na região de Presidente Prudente região de Presidente Prudente “está controlada”, uma vez que já há uma boa parte da população devidamente imunizada, porém, com duas doses. “A terceira dose é fundamental para gerar uma proteção mais adequada, principalmente quanto à variante Ômicron”, esclarece.
Ainda segundo Pirajá, a decisão para o uso facultativo de máscara em ambientes fechados é prematura do ponto de vista da comunidade científica. Primeiramente, porque a quantidade de pessoas imunizadas com a dose de reforço está aquém do necessário, e, segundo, porque ao observar outros países, é possível observar que o número de casos vem aumentando. “A flexibilização em locais abertos é adequada, mas em locais fechados pode trazer um risco à população, especialmente aos mais vulneráveis, que são as pessoas que têm algum grau de imunossupressão, diabéticos, os que estão em processos quimioterápicos, entre ouros”.
O infectologista também reforça que a desobrigação do uso de máscara não impede da pessoa fazer o uso dela. Além disso, enfatiza que a pandemia serviu como um grande aprendizado, uma vez que usar máscara pode proteger a si mesmo, mas, principalmente, as pessoas das quais tem contato. A vacinação, mesmo em um cenário mais tranquilo, também continua sendo a principal arma de controle da pandemia.
Fotos: O Imparcial
Raiane continua usando a proteção em todos os ambientes
Neuza diz que o momento ainda requer atenção
Daniela faz o uso facultativo da máscara
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