Sustos, frio na barriga, pavor de estar em ambientes fechados ou altura, falar em público, isso é medo ou fobia? Quais as causas? Existe tratamento? Será que são consequências de ansiedade? A psicóloga, hipnoterapeuta, especialista em neuropsicologia, Aline Tanaka Campos Filitto, de Presidente Prudente, fala sobre estas “emoções” que fazem parte do ser humano.
De acordo com a profissional, com esse mundo superacelerado e cheio de compromissos, cada vez mais as pessoas precisam estar sempre correndo contra o tempo para dar conta de tudo. E, isso muitas vezes, gera ansiedade, o que pode causar vários transtornos se não cuidados.
“O medo significa um estado afetivo suscitado pela consequência do perigo. É uma sensação desagradável pela percepção de perigo, real ou imaginário. É uma emoção primária que todos nós sentimos. E tem como principal objetivo nos proteger contra alguns perigos, como, por exemplo: se você vê uma cobra, você tem medo e foge dela, agora se você não tivesse o medo, muitas vezes, poderia estar em perigo. Por isso, o medo, quando não excede, é protetor”, explica Aline.
Porém, ela acrescenta que existem vários pontos em que o medo é excedente, e isso pode gerar problemas futuros, tais como fobia, agorafobia, síndrome do pânico, entre outros. Por isso, nota-se que sentir ansiedade e medo são aspectos dentro da normalidade da população. “Devemos entender nosso funcionamento, de acordo com a situação que estávamos vivendo, por exemplo, ansiedade exacerbada e medo podem nos trazer prejuízos significativos quando não tratados, como sensação de morte, coração acelerado, falta de ar, sudorese, taquicardia, temores e palpitações, entre outros”, destaca a especialista.
Aline alerta que, quando não observados e cuidados, podem gerar futuros problemas, como um quadro depressivo, isolamento social. “Por isso, é de suma importância você conhecer os sintomas, entender as consequências que isso pode acarretar, e claramente procurar ajuda”, pontua.
A psicóloga explica que a ansiedade é um termo que tem várias definições, tais como aflição, angústia, perturbação causada pela incerteza, relação com qualquer noção de perigo, etc. Os sintomas podem se manifestar fisicamente, como sensação de aperto, falta de ar, tremores, ou emocionalmente, como a presença de pensamentos negativos, preocupação, insegurança ou medo, entre outros.
“A ansiedade é uma resposta emocional provocada por medo. Portanto, medo ‘é a avaliação de perigo; ansiedade é o estado de sentimento desagradável evocado quando o medo é estimulado. A ansiedade pode ser diagnosticada pela análise clínica com um psiquiatra, o qual verificará os sintomas apresentados pelo paciente. O tratamento consiste, principalmente, em psicoterapia, sendo que, em alguns casos, a administração de medicamentos pode ser recomendada”, diz.
Conforme Aline descreve, fobia é um medo exagerado, que causa falta de tolerância. É um tipo de ansiedade caracterizado por medo ou aversão persistente a um objeto ou uma situação. Nomeadamente, chegam a causar tal medo esmagador e debilitante desse algo, que leva o indivíduo fóbico a organizar a sua vida baseado na evicção daquilo que lhe causa esse medo.
Existem alguns exemplos: medo de altura, aranhas, cobras, lugares fechados, multidões, voar de avião e de tempestades que causam ansiedade para muitas pessoas. “Quando esses sentimentos produzem reações extremas, que se tornam uma fobia, é preciso buscar ajuda profissional e tratamento”, ressalta a neuropsicóloga.
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Aline Tanaka é psicóloga, hipnoterapeuta e especialista em neuropsicologia
