Mito Messias, que vem a ser o presidente da República Federativa da Confusão, quer dizer, Brasil, admitiu que assina muita coisa sem ler, observando que há decretos com 20 linhas, muito texto, segundo deixou implícito. Até onde sabemos, Sua Excelência nunca foi muito chegada em livros e vai daí que deve achar "uma tortura mental" ler decretos mais extensos.
Não pode, presidente! Que negócio é esse de assinar decreto sem ler? Para não cansar a cabeça com leituras nem sempre agradáveis, talvez seja o caso de Mito Messias contratar um locutor que lhe faça a leitura antes de assinar. O programa radiofônico "A Voz do Brasil" tem ótimos locutores, mas o presidente pode optar por outros "papagaios" bons de microfone e de leitura.
Que tal El Cid Moreira? É bem verdade que El Cid, ao que parece, já não quer mais nada com nada até por causa da idade avançada, mas, diante de uma proposta irrecusável, ele pode mudar de ideia e voltar a narrar, como fez com a Bíblia.
Se El Cid recusar, Mito Messias poderia tentar contratar o Bonner, cujo salário na Globo seria de 700 mil "pilas". Acho que Bonner balançaria se o presidente lhe acenasse com um salário de R$ 800 mil. Talvez seja o caso de arredondar para R$ 1 milhão, o que para o governo não é nada, pois, no frigir das claras e das gemas, quem paga mesmo é o contribuinte.
Mudando de conversa, circulou a informação de que a ala militar - os generais que assessoram Mito Messias - ficou fula com o Marreco, tachando-o de traiçoeiro. E bota traiçoeiro nisso. Marreco teria ido com muita sede ao pote ao tornar públicas mensagens que poderiam deixar o presidente em maus lençóis, ainda mais agora com o ministro Celso de Mello (STF) em seus calcanhares.
Enfim, ultrapassou os limites (combinados?) e foi depenado pelo presidente, que não leva desaforo para casa, no caso, para o palácio. Esse Marreco, que queria ser cisne, caiu do cavalo, isto é, "caiu em pleno voo".
Ainda sobre política, confesso que fiquei surpreso com um estranho desejo da ínclita e inefável deputada Carla Zambelli (PSL-SP). Ela disse que gostaria de abraçar alguém com Covid-19 para se contaminar com o coronavírus. Como é que é? Que não seja por isso, venerável senhora! Basta pedir autorização à direção do Hospital Emílio Ribas, explica o bizarro desejo e abraça logo vários doentes. Ah, sim: ela não deve se esquecer de fazer uma doação vultosa ao hospital antes dos abraços.
DROPS
Perguntar não ofende: de que ramo é o Ramagem?
Era tão tranquilo que esperava o mar pegar fogo para comer peixe frito.
Homem que é homem não come mel. Come abelha!
Estamos todos na mesma chalana. Será? Chamem o Mário Zan.