Amigos e familiares se despediram neste fim de semana do proprietário da Rádio Comercial AM 1440, de Presidente Prudente, Nilton Mescoloti, vítima de um câncer aos 79 anos. Ele faleceu às 9h20 do domingo e teve o corpo velado na Casa de Velórios Athia, com o sepultamento marcado para 11h de ontem, no Cemitério Municipal São João Batista. “Ele foi uma pessoa que tratava todos de forma igual, sempre muito generoso e que deixou um legado profissional muito grande”, salienta o filho, João Maurício Mescoloti.
Em uma homenagem a Nilton, a Câmara de Presidente Prudente trouxe um breve histórico de como foi a trajetória do empresário ao longo dos anos, sendo que entre os destaques estão o nascimento, em 23 de janeiro de 1939. “Foi engraxate e entregador de jornais já aos nove anos de idade. Posteriormente, no auge do rádio no Brasil, ingressou, em 1955, na rádio Difusora de Presidente Prudente”. Em seguida, ele teria ido para Goiânia (GO), onde trabalhou como locutor noticiarista, comercial, rádio-ator e em programas de auditório.
Dois anos após, Nilton teria retornado para a cidade natal, conforme a Câmara, em 1961, quando auxiliou na instalação da Rádio Comercial, empresa que veio a adquirir em 1974, em sociedade com Ernesto Coquemala Sobrinho. Em 1982, eles implantaram a Rádio Comercial 2/FM - 98 FM. “Ele também investiu seu tino empresarial em outros setores, principalmente no ramo de autopeças, no qual abriu três unidades”.
Ontem, à reportagem, o filho Maurício afirmou que o pai estava já há mais de um ano em tratamento por causa de um câncer no fígado, mas ressaltou que Nilton estava em casa nestes últimos dias, e não internado. Questionado sobre a importância da atuação que o pai teve na cidade, ele não hesita em afirmar as qualidades do empresário. “Ele sempre teve uma visão à frente do seu tempo e tudo com uma pegada de marketing muito boa, que foi sua marca. No radiojornalismo, foi uma pessoa que viveu 24 horas por dia em favor da profissão, pois se dedicava e fazia com muito amor, assim como tudo o que passou por sua mão”, lembra. Maurício diz, por fim, que o pai nunca desistia dos sonhos e que realizava todos os sonhos que passavam por sua mente. “Pessoa incansável e que fará falta”.
