A vegetação da região de Presidente Prudente é caracterizada como floresta estacional semidecidual, ou seja, é mais seca e sensível à qualquer ação humana, conforme informado pelo ambientalista Djalma Weffort, de Presidente Epitácio. Dessa forma, as florestas se incendeiam com mais facilidade, se comparado ao litoral, que é de floresta fluvial atlântica.
Ele pontua que os incêndios florestais figuram-se como uma ameaça à biodiversidade e à integridade das áreas protegidas. Além disso, representam uma fonte de emissões de CO2 (dióxido de carbono), o que agrava o fenômeno das mudanças climáticas. O fogo também causa a poluição do ar e pode afetar a saúde da população.
“A nossa região é uma das mais desmatadas do Estado e umas das mais pobres em relação à baixa biodiversidade. Para recuperar isso, é preciso fazer reflorestamento para gerar mais diversidade”, afirma. Djalma alerta que a maioria dos incêndios é de origem criminosa e apresenta maior dificuldade de identificação dos culpados.
As principais causas apontadas são de queima para limpeza de terrenos, queima de lixo e restos de culturas agrícolas, fogueiras, queda de balões, acidentes com máquinas e rituais religiosos. Dentre os impactos negativos, o ambientalista pontua a perda de remanescentes florestais; morte de animais silvestres, inclusive de espécies ameaçadas de extinção; aumento da poluição do ar; acidentes com queimaduras ou mortes de pessoas; e aumento de gases de efeito estufa.
“Por si só já é um problema, também é prejudicial porque vai contaminar o ar e ameaçar a saúde das pessoas. Afeta a vida da fauna e flora e também da microfauna”, conclui.
SERVIÇO
Ao avistar um incêndio em vegetação, a SMA (Secretaria do Meio Ambiente) indica ligar ao Corpo de Bombeiros no telefone 193. Caso o incêndio seja em rodovias, acione o 0800 da concessionária responsável pelo trecho.