Caro leitor, bom chegar a essa época do ano finalizando muitas etapas de vida, etapas contadas segundo o calendário dos humanos e nessa época de Natal a bondade, a ternura, o amor, são a tônica do pensamento das pessoas. Na verdade esses sentimentos deveriam povoar o coração das pessoas o ano todo. Cada um deveria ter seu eterno Natal interior, já que fatos felizes percorrem nossa estrada durante os 365 dias do calendário humano e não só no final do ano.
Infelizmente nem sempre o ser humano é dotado de bons sentimentos e durante sua caminhada esses sentimentos tornam-se obstáculos como racismo, ciúme, ódio entre outros, mas o pior deles é a inveja. A inveja é o mais dissimulado dos sentimentos humanos, não só por ser o mais desprezível, mas porque se compõe, em essência, de um conflito insolúvel entre a aversão a si mesmo e o anseio da autovalorização.
A inveja mata. Matou Otelo, “Otelo, o Mouro de Veneza” de Shakespare, a obra traz temas variados como racismo, amor, ciúme, traição e inveja e apesar de escrita por volta do ano de 1603, os temas continuam a desempenhar relevante papel para os dias de hoje. O único invejoso assumido na literatura universal é Diderot de Dostoiéviski em “O Homem do Subterrâneo”, porém só a admitia porque era convicto de que ninguém o iria ler. Portanto, os maus sentimentos causam um vazio no coração e se tornam o buraco negro da inveja espiritual tão profundo quanto o abismo do inferno.
Não obstante, no decorrer dos nossos dias nos encontramos com pessoas que nos socorrem e com as quais percebemos que temos afinidades e desejamos tê-la ao nosso lado incondicionalmente. São pessoas que surgem e que evidenciam o Natal interior de cada um, que nos levam a novas e alegres realidades tomando-nos de um incomensurável poder que governa o universo, com leis justas, onde tudo é possível, que nos trazem a boa nova, a palavra de Deus. Alguma vez, caro leitor, você já se perguntou por que Deus nos deu a Bíblia? Foi exatamente para pontuar os bons sentimentos, para fortalecer e edificar nossa crença. Ali está o modelo de conduta e ler a Bíblia não deve ser um ato mecânico como passar os olhos e sair correndo para as coisas do mundo. É preciso tê-la como alimento, tornar-se um leitor sistemático, isso faz nascer em cada um o Natal interior permanente.
Cada um de nós deve procurar relacionar-se com o máximo de pessoas que despertem esse Natal interior. Procure você também uma pessoa assim que leia a linguagem do amor a qual deve ser lida e redescoberta infinitas vezes e que te leve a vivenciar os bons sentimentos da vida que são amizade, amor, cumplicidade, respeito, fé entre outros.
Sendo assim, amar faz bem! Até porque é Natal.
