Ação realizada por estudantes da escola Maria do Socorro Brito de Almeida resultou na arrecadação de mais de 800 peças
Um ato de solidariedade que virou tradição. Pela sexta vez, alunos do quinto ano da Escola Municipal Professora Maria do Socorro Brito de Almeida, em Presidente Prudente, promoveram a arrecadação de peças de roupas para a Campanha do Agasalho. Na manhã de ontem, os 28 participantes da ação caminharam até o posto policial da Cecap para fazer a entrega dos itens angariados, que somaram mais de 800 peças. De acordo com a idealizadora do projeto, professora Vanice Sorgi Gasparin Garcia, uma parte deste total foi destinada para as crianças carentes matriculadas na instituição, enquanto o restante será repassado para o Fundo Social de Solidariedade da cidade.
Conforme o sargento Hildebrando Ferreira, esta é uma iniciativa realizada anualmente pela escola e cuja causa social foi abraçada pela Polícia Militar, que exerce a função de mediadora entre a unidade de ensino e as entidades filantrópicas do município. “Levaremos as contribuições para o Fundo Social, responsável pela distribuição entre as instituições municipais”, expõe.
Vanice conta que o projeto busca incutir na consciência dos alunos a importância da doação. Para tanto, as crianças divulgaram a campanha em âmbito escolar e doméstico e fizeram a coleta junto à comunidade. Entre as peças arrecadadas, além de moletons, estão também cobertores e calçados. “Embora seja organizada por um grupo fechado de alunos, a ação mobilizou a escola toda e, felizmente, tivemos uma resposta muito rápida da comunidade”, conta a docente.
A diretora da escola, Isabel Cristina Riqueti, afirma sentir muito orgulho do projeto, uma vez que tem o poder de transformar não apenas a vida dos alunos que o fomentam, como também daqueles que receberão os vestuários. “Uma decisão muito importante foi de ajudar, além da população em geral, as nossas próprias crianças”, avalia.
O aluno Nicolas Henrique Carvalho Tonon, 10 anos, acredita que a ação permite voltar o olhar para quem precisa. “Isso deixa a gente com o coração apertado, então, resolvemos trazer felicidade para as pessoas nessa situação”, pondera. Para a colega de classe Maria Eduarda Prodomo Costa, 10 anos, o projeto é uma forma de se colocar no lugar do outro. “Temos muitas roupas guardadas que podem ser doadas para ajudar as pessoas que passam frio”, completa.