A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reagiu assim ao analisar a autorização, por parte da China, da entrada da carne brasileira ao país: “Não existe motivo de preocupação nem para os nossos consumidores nem para os consumidores externos. Essa liberação alivia os nossos exportadores que tinham muitos desses contêineres no mar ou em portos, que serão então liberados para entrarem na China. Agora, temos um próximo passo para liberar a suspensão da carne brasileira daqui para frente. Estamos em andamento neste processo e espero que isso aconteça ainda no próximo mês”.
Carga é liberada
Isso porque o governo brasileiro recebeu na terça-feira, comunicado da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, sigla em inglês) sobre a liberação dos lotes de carne bovina brasileira que receberam a certificação sanitária nacional até o dia 3 de setembro de 2021. As cargas de carnes já estavam em trânsito para a China, quando o Brasil identificou e comunicou ao país asiático dois casos atípicos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e em Belo Horizonte (MG).
Setor forte
Em relação aos impactos registrados pelos produtores, a ministra reforçou o reconhecimento do Brasil como maior exportador mundial da proteína e a força do setor para enfrentar este momento. “O setor [pecuária] mostrou que é forte, que tem que estar preparado para eventuais fechamentos, que vai continuar exportando e que a carne brasileira tem sempre lugar nos mercados, porque somos os maiores produtores e exportadores de carne bovina do mundo. Os produtores se movimentaram rapidamente, as plantas que estavam habilitadas para exportar aos Estados Unidos exportaram mais carne para lá, tendo até uma reação dos produtores americanos. Haverá uma nova cota de exportação de carne bovina para a Rússia ao qual o Brasil terá um acesso grande, por ser um grande exportador e por ter plantas já habilitadas para a Rússia”.
Eficiência alimentar
O Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, entrega mais uma solução tecnológica ao setor produtivo, dessa vez na área de ovinos. O IZ anunciará os resultados de suas provas de eficiência alimentar em ovinos, realizadas de 2015 a 2021, durante o webinar que acontecerá em 25 de novembro, a partir das 13h, no YouTube da Fundag (Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola). Durante os testes do instituto, foi possível identificar animais que consomem até 37% menos de alimento, tendo ganhos de pesos similares aos animais que consomem mais. A característica traz impactos positivos do ponto de vista econômico e ambiental.
"Consórcio de pesados conta com benefício em relação ao pagamento das parcelas. Pensamos muito no produtor rural, que tem renda sazonal, e conta com formas de pagamento tanto mensal, parcela mensal com reforço trimestral e parcela mensal com reforço semestral".
Júlio Borba, assessor de investimentos e consórcios da cooperativa Sicredi Rio Paraná PR/SP, em entrevista ao "Agro & Negócios", da Rádio 101 FM de Presidente Prudente, que vai ao ar no próximo domingo, dia 28, a partir das 7h. Acompanhe o programa no www.norteagropecuario.com.br.
De acordo com o pesquisador do IZ, Ricardo Lopes Dias da Costa, ao longo dos últimos sete anos, o IZ avaliou cerca de 200 animais de diferentes grupos genéticos e idades.
"O IZ é a única instituição do Brasil a ter cochos eletrônicos para medição do consumo ovino, um equipamento que facilita muito esse trabalho e aumenta a acurácia dos resultados. Por meio desse teste, conseguimos ranquear os melhores animais, que vão servir como melhoradores dos rebanhos, já que essa característica de melhor eficiência alimentar é passada de pai para filho", explica o pesquisador.
Consumidor de ovinos
O Estado de São Paulo é o maior mercado consumidor de ovinos do Brasil em quantidade e qualidade do produto. "É um mercado que cresce a cada ano. Atualmente, São Paulo tem cerca de 10 mil propriedades rurais envolvidas com a ovinocultura, que se caracterizam por ser pequenas e familiares. Porém, temos visto um movimento de aumento na quantidade de grandes produtores de ovinos no Estado", diz o pesquisador do IZ.
Agricultura/SP
IZ avaliou cerca de 200 animais de diferentes grupos genéticos e idades
Produção de cana
No Estado de São Paulo, as condições climáticas e retração da área em produção resultam na queda de 18,9% no volume total de cana-de-açúcar a ser obtida no Estado nesta safra, em comparação ao ciclo passado. As informações são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Ao todo, espera-se uma produção de 287,4 milhões de toneladas.
Rendimento médio
A safra paulista está em fase final, concluindo as operações de colheita e moagem das lavouras. Observa-se uma redução no rendimento médio da cultura, causada principalmente pela irregularidade climática registrada durante o desenvolvimento das plantas: índices pluviométricos abaixo do esperado, oscilações na distribuição das chuvas e incidências de geadas.
Substituição de áreas
A área plantada ficou em 4,2 milhões de hectares, uma redução de 5,4% em relação ao ciclo anterior, principalmente em razão da substituição de áreas anteriormente plantadas com cana-de-açúcar por cultivos anuais de graníferas, como soja e milho.
Destinação do produto
Há indicativo de maior direcionamento para a fabricação de açúcar, com cerca de 52,3% do volume total para geração do adoçante e 47,7% para produção de etanol. Este cenário é esperado principalmente em razão de contratos de exportação previamente acordados, além da baixa oferta global do açúcar, que eleva a cotação internacional.