A conscientização para um trânsito mais seguro é um tema de extrema importância, que deve ser tratado cotidianamente com a população, especialmente entre as crianças. Não é à toa que diversas ações alusivas são realizadas o ano todo, mas, principalmente neste mês, por meio da conhecida campanha Maio Amarelo. Com certa frequência, este diário noticia acidentes de trânsito, boa parte deles com vítimas. Quando as vias são palco de tragédias envolvendo mortes, parece que por um momento as pessoas ficam estarrecidas, até mesmo chocadas com as cenas terríveis.
Contudo, passado pouco tempo, voltamos a presenciar a mesma situação que, conforme as autoridades competentes, poderia ser evitada com mais prudência no trânsito. Ou seja, a maioria dos acidentes seria evitável se não houvesse tanta imprudência, negligência e imperícia. Falar ao celular enquanto dirige, não usar o cinto de segurança, fazer ultrapassagens proibidas, ir além da velocidade permitida, deixar de fazer a manutenção no veículo e, claro, consumir bebida alcoólica antes de pegar no volante, estão entre as atitudes que mais ensejam acidentes de trânsito.
Para se ter uma ideia, uma blitz da Operação Direção Segura Integrada registrou 21 recusas ao teste do bafômetro e sete casos de direção sob influência de álcool em Presidente Prudente, no último sábado. Como diz o velho ditado, “quem não deve, não teme”, portanto, por que se recusar a submeter-se ao etilômetro?
O Detran (Departamento Estadual de Trânsito) aponta que tanto dirigir sob efeito de álcool - quando o teste do etilômetro aponta o índice de até 0,34 mg de álcool por litro de ar expelido - quanto recusar-se a soprar o bafômetro são consideradas infrações gravíssimas, segundo os artigos 165 e 165-A do CTB (Código de Trânsito Brasileiro). Em ambos os casos, o valor da multa é de R$ 2.934,70 e o condutor responde a processo de suspensão da carteira de habilitação. Se houver reincidência no período de 12 meses, a pena é aplicada em dobro, ou seja, R$ 5.869,40, além da cassação da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
O ideal seria que todos tivessem maturidade e conscientização suficiente para dirigir de forma segura e responsável, sem colocar a própria vida e a de terceiros em risco. Mas, infelizmente, ainda temos um longo caminho a percorrer.
