Se eu tivesse superpoderes anteciparia o fim do ano de 2024. Por mim, já estaríamos em dezembro. Se 2023 foi um ano difícil e trágico, 2024 não fica atrás. Quer dizer fica na frente de seu "colega de calendário". A tragédia no Rio Grande do Sul pode ter dimensões que ainda desconhecemos.
Apenas quando a água baixar é que a gente vai ter uma fotografia real. Imagens fortes e tristes circulam na internet. Nem sei o que dizer. Tudo muito triste. E pensar que a tragédia poderia ser sido evitada ou amenizada.
Se você duvida do que falo procure ler os jornalistas gaúchos, Jeferson Miola e Moisés Mendes. Eles sabem das coisas. Ambos denunciaram que nada foi feito pelas "otoridades" para pelo menos atenuar os efeitos das enchentes. Na área do meio ambiente, projetos que amenizavam os efeitos simplesmente foram flexibilizados por Dudu Milk. Quer dizer: deixa a boiada passar.
Ninguém pode com a natureza, mas obras de contenção de enchentes, por exemplo, são essenciais. Causam menos vítimas e estragos. Dos 497 municípios gaúchos cerca de 450 sofrem com as enchentes. Quer dizer: é quase todo o Rio Grande do Sul.
O clima extremo parece que igualou ricos e pobres. Dependendo das proporções nem rico escapa. Não adianta nada ele correr para o aeroporto pelo simples fato de que a pista estará alagada e, com isso, ele não conseguirá ir embora com seu jatinho, comprado com financiamento do BNDES a juros maternais.
A recuperação do Aeroporto Salgado Filho custará uma fortuna e levará tempo. Um dia o pesadelo vai terminar, mas ele pode voltar e talvez com mais força, caso não sejam tomadas medidas drásticas para conter as enchentes. Por falar em força, força, gaúchos, e vamos torcer para que São Pedro, o padroeiro do Estado, feche as torneiras do céu e faça o sol brilhar.
DROPS
De onde mais se espera também não sai nada mesmo.
Está certo que o planeta é a Terra, mas quem manda sou eu.
(assinado: dona Água)
O povo unido jamais será subnutrido.
Terra, teto e trabalho.
(Seu Chico, quer dizer, Papa Francisco)
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