Confesso que fiquei chocado com a partida precoce da vereadora Míriam Brandão no último dia 22 de outubro. Tinha apenas 56 anos. Muito nova. Partiu cedo demais. Foi embora antes do combinado, como dizia Rolando Boldrin. Míriam não resistiu a um infarto fulminante, como tantos brasileiros não resistem.
Outro caso triste foi o do vereador reeleito Geraldo Corado, do MDB. Ele também morreu de infarto na cidade de Sebastião Barros, no sul do Piauí. Sua idade não foi divulgada. O vereador morreu sem saber que tinha sido reeleito em 6 de outubro. O que dizer sobre isso?
Peça do destino? O inesperado fez uma surpresa, como diz a canção popular? Nem sei o que dizer. Talvez Deus decidiu mostrar Míriam Brandão e Geraldo Corado (ele também era novo) neste mundo por um breve período de tempo, pouco mais de meio século.
Dizem que o coração é o último a jogar a toalha e segura as pontas até o fim, quando o corpo "apita" de vez. Ou entra em colapso. Metáforas à parte o fato é que as doenças cardiovasculares matam demais no Brasil. O número de mortes é assombroso e assustador. Morrem pelo menos 400 mil brasileiros por anos, segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).
O que se passa, o que está acontecendo? Com a palavra os cardiologistas, que são "amigos do peito". Dietas são recomendadas, como todo mundo está calvo de saber. Carne vermelha seria um dos vilões, sem contar outros alimentos que aumentam o colesterol, quando consumidos em grandes porções. Não é fácil. Talvez seja o caso de caminhar mais e "veganar" de vez.
DROPS
Vende-se um coração magoado.
(canção de Otis Blackwell interpretada por ele e Elvis Presley)
Meu coração bate feliz quando te vê.
(Pixinguinha e Braguinha em "Carinhoso")
O coração tem razões que a própria razão desconhece.
(Blaise Pascal, filósofo francês)
Meu coração não se cansa de ter esperança de um dia ser tudo o que quer.
(Caetano Veloso em "Coração Vagabundo")