Confesso que estou assombrado, sem sombra, com a pesquisa da Fiocruz dando conta de que a água que passarinho não bebe mata gente à beça no Brasil. Evidente que falo do consumo de bebidas alcoólicas. Mais de 100 mil pessoas morrem por ano de tanto consumir cachaça, cerveja, uísque, vodca, vinho e outras águas que carcará não bebe.
Uma dose a menos, pessoal! Não custa nada. A bebida faz muito mal ao fígado ou, como diria o Barão de Itararé, o fígado faz muito mal à bebida. Tomar umas e outras de vez em quando vá lá. Descontrai e você se esquece das dívidas. O problema é que há pessoas que exageram. Muitos são alcoólatras mesmo, outros bebem esporadicamente e também tem a turma que bebe "só nos fins de semana" ou bebe "socialmente", ironizando que a vida social é intensa. É um vira copos.
Se o consumo passa do limite a coisa engrossa e o "figueiredo" chia. Aliás, dizem que três doses diárias de uísque já comprometem o fígado depois de três meses. Viram? Depois de três meses, apenas 90 dias, o fígado já emite sinais de alerta. "Para com isso. Você está me encharcando com uísque. Prefiro caldo de cana", diria o fígado se esse importante órgão falasse, é óbvio.
A tragédia do alcoolismo pode ser pior do que o flagelo das drogas, como a cocaína, a heroína e o crack, segundo alguns especialistas. Além dos acidentes de trânsito causados por motoristas bêbados, eles mencionam as brigas de bar, nas festas familiares e os feminicídios, sem contar as doenças que são várias, incluindo a cirrose. Enfim, um horror, com muitos mortos e feridos. Basta conferir os números da Fiocruz.
A bebida é o tema de várias canções populares, incluindo na lista "Marvada Pinga", magistralmente interpretada por Inezita Barroso, e "Eu Bebo Sim" (e estou vivendo), composta por João do Violão e Luiz Antônio, grande sucesso da divina Elizeth Cardoso.
Claro que não podemos deixar de citar "Cachaça não é Água", de Marinósio Filho, Mirabeau, Lúcio de Castro e Héber Lobato. É uma marcha que fez grande sucesso no carnaval de 1953. Também é preciso mencionar a marcha "As Águas Vão Rolar", composta pelo casal Zé da Zilda e Zilda do Zé. Sucesso do carnaval de 1954, um dos versos diz que "as águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar".
São apenas músicas que caíram no gosto do povo. Os compositores apenas queriam ganhar uma graninha tratando a bebida de um jeito burlesco, sem qualquer exaltação ou incentivo ao consumo exagerado de álcool. Lembro-me de um humorista do Pasquim que dizia: "É melhor morrer de cirrose do que de tédio". Aliás, o mundo está tedioso, mas não vamos levar isso a sério a ponto de beber até cair e adoecer.
DROPS
Casamento: o que Deus uniu o cobertor curto não separe.
Dinheiro curto, dívida longa.
É impossível ser feliz sozinho.
(Tom Jobim)
Sorria, mesmo com seu coração magoado.
(Charles Chaplin)
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