Os agrotóxicos são substâncias, na maior parte delas químicas, que servem para combater pragas (fungos, insetos, ervas daninhas, ácaros, moluscos, ratos, etc.) que infestam não só plantações, mas também florestas e ambientes urbanos, como praças, parques e até mesmo jardins domésticos.
Os agrotóxicos foram e são muito importantes para o controle de pragas em lavouras. Quando foram introduzidos no comércio, ao final da 2ª Guerra Mundial, num momento designado “Revolução Verde”, reduziram em 40% a perda das plantações, o que contribuiu muito com a diminuição da fome. A importância deles foi tanto que, em 1948, Paul Muller recebeu o Prêmio Nobel por ter descoberto o uso para o DDT, um inseticida.
O uso corrente de agrotóxicos traz uma falsa sensação de segurança em relação à capacidade de causarem danos à saúde de seres humanos. A contaminação por agrotóxicos não ocorre apenas para quem manuseia estes produtos. Resíduos de agrotóxicos têm sido encontrados nos mananciais de água, no solo e em alimentos, o que pode levar a contaminação a quem não trabalha com eles.
O uso corrente de agrotóxicos traz uma falsa sensação de segurança em relação à capacidade de causarem danos à saúde
Muitos estudos têm mostrado que mesmo em condições habituais de exposição, os agrotóxicos podem causar efeitos tóxicos à saúde humana, como alergias, processos inflamatórios, lesões no fígado e rim, alterações hormonais ena fertilidade de homens e mulheres, alterações visuais e auditivas, na produção do sangue, no cérebro e nervos, malformações em fetos e até mesmo câncer. Até o DDT, que um dia já foi tão glorificado, hoje está banido do mercado por causar dano à saúde.
Alguns falam em controle biológico de pragas, plantas transgênicas... Mas tudo tem potencial de risco de dano. O importante é tomar os cuidados necessários durante a aplicação dos agrotóxicos, como uso de equipamentos de proteção individual, uso dos produtos nas concentrações recomendadas pelo fabricante, evitar pulverizações aéreas, além de controle rígido de venda, e buscar usar os produtos que, de forma isenta e científica, foram comprovadamente menos tóxicos. O uso racional de agrotóxicos é a chave para se evitar a contaminação das pessoas.