Movimentando R$ 578,2 bilhões em 2018, o agronegócio paulista representa cerca de 20% do total do PIB (Produto Interno Bruto) do setor no país, de acordo com o site especializado Agrolink. Outros dados interessantes: 15% dos empregos formais do Estado de São Paulo estão no campo. Além disso, o Porto de Santos, um dos principais polos exportadores do país, é também o maior da América Latina. Por lá passam 48% da soja nacional; 82% do café. O porto é o maior exportador de proteína animal do mundo, com cerca de 900 mil toneladas por ano.
Produção paulista
Café, cana-de-açúcar, citros, hortaliças, pecuária, frutas, borracha - essa é a diversidade oferecida pelo Estado de São Paulo em produtos agropecuários. Segundo o Agrolink, este é o perfil de cada uma dessas culturas:
Cana-de-açúcar - O primeiro engenho foi construído há mais de 500 anos no litoral. São Paulo é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, açúcar e etanol do planeta. São 358 milhões de toneladas de cana; 24 milhões de toneladas de açúcar; 13 bilhões de litros de etanol. O setor sucroenergético experimentou a mecanização e vem sobrevivendo aos problemas climáticos, como as geadas que ocorreram em agosto deste ano e que só devem ser sentidas na próxima safra.
Citros - São Paulo concentra 60% da produção mundial e 78,7% da produção nacional de laranja, sendo o maior exportador mundial. A produção paulista chega a ser 12 vezes maior que a de Minas Gerais, que é o segundo produtor. E no limão tem 75,1% da produção nacional, além de ser o segundo produtor nacional de tangerina. Esse aumento da produtividade está relacionado a melhorias na implantação e manejo do pomar e no aumento na densidade de plantio. Modernas técnicas de controle biológico também estão ajudando no controle do greening, principal doença. Os consumidores brasileiro e estrangeiro estão cada vez mais exigentes em qualidade da fruta, e isso também desafia os produtores.
Café - Quem não gosta de um bom cafezinho? São Paulo é sinônimo de fazendas históricas de produção, em contraste com produções novas, geridas por jovens cafeicultores. Outra aposta atual está nos cafés especiais, que se destacam em testes internacionais de sabor e aroma. O segmento teve expansão média de 15% nos últimos anos. Em 2018, a safra paulista de café alcançou 5,8 milhões de sacas de café, o que representa um aumento de 29,6%.
Hortaliças - A olericultura responde por 40% da produção nacional. Geralmente é praticada em pequenas propriedades por agricultores familiares. São cerca de 53 espécies plantadas, em pouco mais de 156 mil hectares.
Grãos - São Paulo também é destaque em soja. A área cultivada na safra 2019/2020 deve ocupar 1,04 milhão de hectares. A previsão é de uma produção entre 3 milhões e 4 milhões de toneladas. Nos últimos anos, a expansão da soja vem se intensificando na agricultura paulista, a ponto de se tornar a principal cultura do ciclo anual. O milho é boa alternativa na safrinha. Nesta safra, São Paulo deve importar menos cereal de outros Estados, com uma colheita total de 8,2% maior tanto na primeira safra quanto na safrinha.
Pecuária, aves e suínos - A importância da bovinocultura no Estado de São Paulo é amplamente reconhecida por diferentes fatores. Em 2018, o rebanho dos bovinos de corte cresceu 2,6%. São 10,4 milhões de cabeças. Nos últimos anos o que desponta é a genética. São Paulo também tem produção avícola, com 591 milhões de aves de corte e 51,9 milhões de postura além de crescimento de 8,8% na produção de ovos. Nos suínos são 894 mil cabeças.
Borracha - O setor de heveicultura, com produção de borracha natural, concentra 90% da atividade no Estado. Em 2018, foram 184 mil toneladas, com área plantada de 251 mil hectares, sendo 152 mil em produção.
Foco na pesquisa
O levantamento do Agrolink destaca o esforço da pesquisa científica desenvolvida em território paulista em busca de soluções para os principais problemas na lavoura, na pecuária e potencialidades que visam a produtividade. Os seis institutos de pesquisa – IAC (Instituto Agronômico de Campinas); IZ (Instituto de Zootecnia); IP (Instituto de Pesca); IB (Instituto Biológico); IEA (Instituto de Economia Agrícola) e Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos) - receberam mais de R$ 1 bilhão em recursos nos últimos cinco anos. Sem contar a Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), de Piracicaba, mundialmente reconhecida, criada há 118 anos. A unidade já formou mais de 16 mil profissionais e titulou mais de 10 mil mestres e doutores.
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