De janeiro a novembro de 2020, o agronegócio paulista apresentou total de exportações de US$ 15,82 bilhões, montante 2,5% superior ao verificado no mesmo período de 2019. Esses valores resultaram em um superávit de US$ 12,09 bilhões, 23,6% superior ao registrado no mesmo período de 2019. Os dados são da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do IEA (Instituto de Economia Agrícola).
Os principais grupos nas exportações do agronegócio paulista no período analisado de 2020 foram: Complexo Sucroalcooleiro (US$ 5,83 bilhões, sendo que o açúcar representou 84,1% e o álcool, 15,9%), Carnes (US$ 2,09 bilhões, dos quais a carne bovina respondeu por 87,3%), Complexo Soja (US$ 1,90 bilhão), Produtos Florestais (US$ 1,43 bilhão, com participação de 48,9% de papel e 38,6% de celulose) e Sucos (US$ 1,25 bilhão, dos quais 97% são referentes ao suco de laranja). Esses cinco agregados representaram 78,9% das vendas externas setoriais paulistas.
De janeiro a novembro de 2020, as exportações totais do Estado de São Paulo somaram US$ 38,09 bilhões e as importações, US$ 46,87 bilhões, registrando déficit comercial de US$ 8,78 bilhões. O agronegócio foi responsável por 41,5% das exportações, enquanto as importações do setor representaram apenas 8%, segundo técnicos do IEA, que enfatizam a importância do segmento para o equilíbrio das contas paulistas.
O Instituto Agronômico de Campinas receberá aporte de R$ 34,8 milhões para pesquisas na solução de problemas nas culturas de citros, café e cana-de-açúcar. Essas cadeias agrícolas terão o reforço da biotecnologia para acelerar estudos que poderão trazer resultados inéditos para a agricultura mundial, segundo a expectativa dos técnicos estaduais da área. A maior celeridade será proporcionada pelo método de edição de DNA, chamada CRISPR/Cas9 (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats), que significa Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas. Essa tecnologia rendeu o prêmio Nobel de Química 2020 às cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna, responsáveis pelo desenvolvimento da chamada “tesoura genética”.
Na pesquisa sobre o café, o objetivo é desenvolver cultivar tipo arábica naturalmente desprovida de cafeína a fim de incluir o produto em novos mercados. Na área de citros, o foco é a doença huanglongbing (HLB), a mais devastadora nos pomares. Nos estudos com cana-de-açúcar, pretende-se gerar cultivares com tolerância ao estresse hídrico e a patógenos a partir do uso de edição gênica em plantas geneticamente modificadas (transgênicas) e não geneticamente modificadas.
De acordo com estudo do Seade, com base no Novo Caged do Ministério da Economia, entre outubro e novembro, o emprego formal cresceu 1,2% no Estado de São Paulo, evolução similar à registrada para o Brasil (1,1%). As 522 mil admissões ocorridas no Estado superaram os 383 mil desligamentos, o que resultou na criação de 138 mil empregos, sendo 77.312 nos serviços e 49.315 no comércio.
De janeiro a novembro, o número de empregos formais no Estado ampliou-se em 41 mil (0,3%), o que corresponde a 18% do crescimento de postos celetistas no Brasil (227 mil, ou 0,6%). O crescimento foi puxado pela agropecuária (54 mil), construção (35 mil) e indústria (5 mil), que compensaram perdas de empregos em outros setores. No ano, os saldos positivos ocorreram em 12 regiões do Estado de São Paulo, com destaque para a Região Metropolitana de São Paulo sem o município de São Paulo (13 mil) e regiões de Campinas (12 mil) e Bauru (9 mil), enquanto as maiores reduções do nível de emprego foram observadas nas regiões de Santos (-11 mil) e São José dos Campos (-10 mil).
O governo estadual divulgou o resultado dos 316 municípios paulistas participantes do programa “Cidadania no Campo – Município Agro”, que receberão recursos no valor total de R$13,6 milhões para executar ações de desenvolvimento rural sustentável. No total, 400 municípios se inscreveram no Sistema Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, sendo classificados os que atenderam aos requisitos do programa e obtiveram melhor pontuação. Jundiaí está entre os dez primeiros colocados; Araçatuba, São Carlos e Botucatu também obtiveram boa colocação.
Para definir o ranking, a Secretaria de Agricultura analisou mais de oito mil documentos enviados pelas administrações municipais, trabalho que envolveu mais de 100 técnicos, conforme as regras estabelecidas na Resolução SAA 40/2019 e no Manual Operacional do Município Agro. Também era necessário que o município contasse com um órgão responsável pela agricultura e possuir um Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural.
“A gestão eficiente do território rural impulsiona a economia e serve de base para a indústria de alimentos e serviços. Por meio do ‘Município Agro’, destinamos os recursos aos municípios para que possam criar ecossistemas competitivos, atrair investimentos e promover desenvolvimento” - secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira.