Agripino Lima não morreu

Toda nossa homenagem a dona Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, pelo Dia Internacional da Mulher. Queria homenagear todas as maravilhosas mulheres através desta personalidade marcante. Uma senhora símbolo da dignidade, marcada pelo trabalho, mediação, luta e empenho em manter a família unida e em harmonia. Não foi preciso conviver com ela para poder afirmar com convicção sua participação firme, viva e presente em todas as tomadas de decisões, em cantos mais inusitados de sua convivência com o ex-prefeito Agripino de Oliveira Lima Filho. Em toda história de seus mandatos como prefeito, dona Ana, de alguma forma, teve sua participação. Dona Ana está viva. O par, dona Ana e Agripino Lima segue vivo.

Pares em que existe a conjunção criativa fecundam e fertilizam gerações e gerações para a eternidade. Em toda família há momentos de muitos conflitos, desavenças, alegria e realizações. Para conservarmos a vitalidade das emoções turbulentas é necessária a tolerância. Acredito que uma das maiores virtudes de dona Ana é a tolerância à frustração. Durante toda a trajetória do ser humano, vivenciamos situações cujos sentimentos operam entre o amor e o ódio e que devem ser superadas a fim de conquistar o caminho para o conhecimento e o desenvolvimento. Nosso caminho não pode ser outro, senão o do enfrentamento das experiências, em vez de retirar-se delas. É ter condições de elaborar a experiência emocional e simboliza-la.

Há 28 anos mudei para Presidente Prudente. Sinto-me totalmente prudentina. Desde que aqui cheguei com meu esposo prudentino, Antonio Claudio Bongiovani, e os três filhos ainda crianças, já iniciei minha admiração por Agripino e dona Ana. Agripino com sua irreverência, também teve um papel significativo na cidade, como um incentivador e motivador para que cada morador que aqui estivesse, amassem Prudente assim como ele amava. Um dos meus primeiros artigos para o O Imparcial foi sobre sua administração e sua ousadia. Mas ficou no papel e não publiquei. Era algo sobre sair em sua defesa, por alguma injustiça que eu acreditava que estavam cometendo com ele. Não tinha, naquela época, a valentia e ousadia que o par Agripino e dona Ana inspirava e inspira até hoje.

Era algo mais ou menos assim: “Seja quente, ou seja frio, não seja morno que eu te vomito”, texto bíblico do Apocalipse, capítulo 3, versículo 16. “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”. Seja A ou B ,seja bom ou mau, seja algo, pelo amor de Deus, seja! Essa foi e será uma das mais importantes características peculiar da personalidade de Agripino de Oliveira Lima Filho. Ele não deixava para amanhã o que hoje podia fazer. O medo não o paralisava, ele o enfrentava. Era um homem visceral. Que a família constituída por dona Ana e Agripino Lima tenha paz e força para superar essa perda tão significativa. Um homem que deixou sua marca. Agripino Lima continua vivo, dentro de cada um dos seus familiares, constituído pela união com dona Ana. E continua vivo em cada obra construída ao longo de sua trajetória no campo da educação, saúde e política.   

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