A figueira de muitas histórias e lembranças enraizadas em seu tronco, que carrega o sofrimento do tempo. Tempo esse que pode construir e destruir, dependendo do andamento que o ser humano der a ele. Presidente Prudente se despediu de vez da figueira localizada ao lado do PUM (Parque de Uso Múltiplo), na Vila Euclides. Ela foi totalmente erradicada após avaliação minuciosa pelos órgãos responsáveis. O procedimento de erradicação foi iniciado no dia 13 de setembro, após análise fitossanitária apontar incapacidade de recuperação da espécie devido a agressões sofridas nos últimos anos. A retirada completa da árvore foi realizada em três etapas, que duraram cerca de 45 dias, com pausa nos trabalhos durante algumas semanas devido às condições climáticas e à necessidade de auxílio do Corpo de Bombeiros.
Por muitos e muitos anos, o local foi cartão-postal do município. Por sua presença forte e seus galhos e raízes únicas, fazia acontecer. De tão imensa, avançou as ruas e tomou conta do espaço que era destinado a ela. Conforme pesquisa, a figueira possui mais de 750 espécies espalhadas pelo mundo, sendo que somente no continente antártico ela não aparece. Essas plantas podem ser encontradas como árvores que geram frutos comestíveis, a ficus carica, trepadeiras e ainda plantas lenhosas. A figueira acompanha a história da humanidade desde o começo dos tempos, conforme descrito pela Bíblia. Foi a primeira planta descrita no livro sagrado para os cristãos. Além disso, a existência dessa fruta pode ser considerada como essencial para alguns animais da Terra, uma vez que o figo alimenta mais de mil espécies.
Infelizmente, a figueira ao lado do PUM agora entra para a história. Sua erradicação foi inevitável, mas a lembrança desta árvore tão potente estará na memória dos prudentinos para sempre. E, fica a lição. O envenenamento mata e a falta de cuidado necessário também. Agora, ela descansa, após cumprir seu objetivo: embelezar e colaborar com o meio ambiente da cidade.