Um agente penitenciário de Flórida Paulista, 39 anos, foi preso na manhã de ontem, acusado pelo crime de corrupção passiva. De acordo com o delegado do município, Hilton Testi Renz, a prisão foi realizada após o funcionário ter confessado que introduzia aparelhos celulares no interior da unidade prisional e vendia para presos que cumpriam pena no local. Além dele, mais cinco pessoas envolvidas no caso tiveram a prisão preventiva decretada.
Ainda de acordo com o delegado, a suspeita já existia, mas a confirmação se deu após 21 meses de investigação. "Nós começamos em julho de 2015 e terminamos neste mês. Durante a transferência de presos, foi localizado, com um deles, um bilhete manuscrito, que continha as iniciais do agente, bem como a conta bancária e o valor de R$ 2,5 mil escritos. Com isso, o detento foi confrontado e, na ocasião, confirmou o depósito efetuado. Além disso, ele indicou outros dois condenados que estariam envolvidos com a aquisição dos celulares, porém, ao serem ouvidos, negaram a participação", afirma.
Conforme Hilton, dos três presos indiciados, dois já estão em liberdade, inclusive o que confessou o depósito. "A gente também ouviu as companheiras de um dos que negou o crime e também do que confessou. Ambas confirmaram que fizeram a operação bancária no valor de R$ 1.250,00, totalizando a quantia manuscrita no bilhete", completa.
O policiamento informa que a investigação solicitou a quebra do sigilo bancário do funcionário público, no qual constou uma movimentação financeira incompatível com o salário recebido. Diante do caso, o suspeito foi questionado e confessou a prática do crime.
Hilton explica que, após o corrido, o agente penitenciário foi encaminhado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá. Já para os demais envolvidos, isto é, o detento, os dois ex-detentos e as duas companheiras, foi solicitada a prisão preventiva. "O presidiário está em Martinópolis, desta forma, fica mais fácil. Porém, os outros dois que estão em liberdade residem em São Paulo, junto com as mulheres. Sendo assim, já foram direcionados os mandados aos distritos policiais das áreas de residências, o que não deve demorar a ser cumprido", acrescenta a autoridade.