A Afipp (Associação de Apoio ao Fissurado Lábio Palatal e Deficiente Auditivo de Presidente Prudente e Região) completa nesta terça-feira 21 anos de fundação, quando, através de uma mãe de um paciente que tinha fissura, narrou as dificuldades que tanto ela quanto os demais usuários tinham de chegar até o HRAC (Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais), em Bauru (SP). “Costumamos dizer que nossa entidade nasceu da sensibilização e mobilização de pais, pacientes e profissionais liberais. Ao longo desses 21 anos tivemos muitas histórias de conquistas, como o prédio próprio, graças a Deus, conquistado em 2018”, exalta Maria Inês de Souza, coordenadora da instituição, que tem como presidente o médico Roberto Lotfi Jr.
De acordo com ela, o objetivo da Afipp, que é uma OSC (organização da sociedade civil) que vem atuando arduamente desde 2000, idealizada pela professora Cenira Mendonça Soares (in memoriam), é desenvolver projetos de apoio ao atendimento de pessoas com fissura labiopalatina e deficiência auditiva, oferecendo serviços de saúde e assistência social, através de ações que possibilitam habilitação, reabilitação, inclusão social e a melhoria da qualidade de vida dos usuários e suas famílias.
“As cirurgias são ainda todas realizadas em Bauru. Nós somos aqui o apoio tanto para o ambulatório, como pós-cirúrgico. Porque eles precisam de uma equipe para estar se reabilitando, como às vezes começar uma estimulação precoce, os bebês, por exemplo, precisam dessa estimulação. O que antes tinha em alguns locais, mas com uma demanda grande e fila de espera”, explica a coordenadora, citando os serviços/atendimentos que a Afipp oferece hoje: serviço social, psicologia, psicopedagogia, fonoaudiologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, odontologia e ortodontia, realizados por profissionais contratados, liberais e voluntários.
Para o suporte avançado (ambulatorial e cirúrgico), a AFIPP direciona o atendimento para hospitais especializados em fissura labiopalatina e deficiência auditiva localizados no Estado de São Paulo.
“Otorrino e ortodontista é através do voluntariado. Eles não cobram nada. Os melhores profissionais fazem isso por nossos pacientes que, infelizmente, ainda sofrem com o preconceito, principalmente bullying. Continuaremos juntos. Precisamos do apoio da comunidade para manter os serviços. A causa é nobre e contamos com todos”, destaca a coordenadora.
Em relação ao número de famílias atendidas pela entidade, Maria Inês diz que se for pensar no conjunto, eles atendem 60 pacientes, contando a mãe que geralmente acompanha, já vai para 120, se colocar os pais 240, mais irmãos. “Nós damos todo suporte não só ao paciente diretamente, mas a todos da família que necessitam. Por exemplo, às vezes o irmão está numa fila de espera precisando de determinando atendimento, ou a mãe. Enfim, damos esse suporte para toda a família”, acentua a coordenadora, citando que hoje a entidade trabalha com oito profissionais: fonoaudióloga, psicóloga, assistente social, dois psicopedagogos, dois administrativos e ela na coordenação.
Os principais desafios enfrentados ao longo dessas duas décadas mais um ano é a parte financeira. “A gente tem o suporte do poder público, mas ainda assim é insuficiente para manter as ações. Ainda precisamos do apoio da comunidade com voluntariado, promoção de eventos como o carro-chefe, a nossa tradicional “Violada”, que geralmente ocorre em outubro, mas, por conta da pandemia, não pôde ser realizada em 2020 e 2021. Um evento para 600 a 700 pessoas que, se Deus, quiser o ano que vem faremos”, ressalta a coordenadora.
SERVIÇO
Aos interessados nos serviços da Afipp o contato telefônico pode ser feito pelo: (18) 3223-5770. Para contribuir com a entidade segue abaixo as informações:
Banco Sicoob
Agência: 4446
Conta corrente: 49794
Pix: [email protected]