Uma questão que realmente os pais têm dificuldade em trabalhar dentro de suas rotinas familiares é de monitoramento quanto ao uso da internet pelos seus filhos. Sim, “os pais devem se atentar a que sites e aplicativos os filhos têm acessos. Que buscas fazem. Mas, de forma sempre cautelosa, porque é importante que esse monitoramento seja de forma que respeite a privacidade da criança, do adolescente, apenas tendo acesso ao que estão interagindo no mundo online”. É o que diz Guilherme Monteiro, psicólogo de Iepê, especialista em Arteterapia e Saúde Mental, pós-graduado em psicodrama, que atende todo o país e fora também.
De acordo com ele, é comum os filhos não terem os pais nas mídias sociais, mas é preciso orientá-los sobre a importância desse convívio. Hoje existem aplicativos que espelham o que o filho está visualizando em seu celular no telefone dos pais, o que o psicólogo diz ser uma ótima ferramenta, por exemplo, para que monitorem uma criança de 7 anos, que está acessando conteúdos para sua idade e, de repente, aparece aleatoriamente vídeos para jovens de 18 anos, ou mais. “Então é de extrema importância para os pais estarem identificando pontos de depressão, ansiedade, bullying, violência, no formato tanto online quanto também social. A internet pode aumentar de forma excessiva tudo isso para a criança, frente à exposição”, pontua o especialista.
O psicólogo alerta os pais que todos os comportamentos dos filhos exigem a atenção da família. Não existe esse ou aquele mais importante. Mas, especialmente sobre essa temática é de extrema importância que se tenha uma comunicação saudável, afetiva, para que possam identificar se os filhos estão apresentando alguns pontos como: mudança de humor, isolamento social, sem interesse em se socializar com os amiguinhos, não querer brincar, queda no desempenho escolar, mudanças de rotina, como alteração no sono, na alimentação, uso excessivo de tecnologia, comportamento agressivo.
“Estejam atentos a todos os sinais. O diálogo é essencial. Criem um ambiente realmente acessível para a criança, para o adolescente, falem sobre a rotina, tenham um papel de uma família que traga o afeto, que consiga trabalhar de forma cuidadosa, por mais que se tenha que ter um monitoramento”, acentua o profissional.
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