Advogado acusado de falsificar alvará para liberar preso da P2 de Venceslau tem prisão decretada

Polícia Civil revela que detento participou de roubo de 734 quilos de ouro e pedras preciosas, na área de cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 2019

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 08/10/2024
Horário 15:10
Foto: Deinter-8
CPJ concluiu inquérito policial e indiciou advogado por uso de documento falso
CPJ concluiu inquérito policial e indiciou advogado por uso de documento falso

É considerado foragido da Justiça, um advogado, 39 anos, residente no Distrito Federal, identificado pela Polícia Civil de Presidente Venceslau como o responsável por um alvará de soltura falso, que foi encaminhado em 28 de dezembro de 2022 à Penitenciária 2 do município, e que buscava libertar um preso envolvido no roubo de 734 quilos de ouro e pedras preciosas, na área de cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na capital paulista, considerado, em 2019, um dos maiores crimes contra o patrimônio do país. 

A prisão preventiva do acusado foi decretada pela Justiça nesta terça-feira. Já a conclusão do inquérito policial pela CPJ (Central de Polícia Judiciária) de Presidente Venceslau, que o identificou como integrante do crime organizado, com experiência na falsificação de documentos, e o indiciou pelo crime de uso de documento falso, se deu no mês passado. 

“O inquérito policial foi remetido ao Ministério Público, que denunciou o advogado e endossou a representação pela prisão preventiva, resultando, nesta data, no recebimento da denúncia e decretação da prisão pelo Poder Judiciário”, aponta a Polícia Civil. 

Diversas diligências realizadas, incluindo o cumprimento de mandados de buscas domiciliares nas cidades de Várzea Grande (MT) e Cuiabá (MT), e oitivas em Presidente Venceslau e Fortaleza (CE), apontaram e comprovaram que o documento enviado à penitenciária teria partido do advogado. 

“Após o período de mais de um ano e oito meses de investigação, a autoridade policial da CPJ, no final do mês de setembro, concluiu o inquérito policial e deliberou pelo indiciamento do advogado com incurso no crime de uso de documento falso, representando ainda pela decretação da prisão preventiva”, expõe a Polícia Civil.
 

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