Presidente Prudente tem um grande leque de ótimas bandas para divertir e embalar as noites da cidade. Seguindo este exemplo, o projeto SouLima, apresenta um repertório autoral e de covers, passeando pela black e soul music, samba, funk e rock. O jornal O Imparcial conversou com o idealizador do projeto, Adriano Lima, para que ele conte mais sobre a carreira e os caminhos escolhidos.
Como tudo começou?
O projeto é um renascimento da finada banda Jambalaia. Ele veio da veia mais black da banda. SouLima é uma brincadeira com as palavras, Lima é meu sobrenome e também um nome muito comum no nordeste. Soul é o estilo de música, claro, e SouLima faz essa brincadeira de sou Lima também.
Começamos tocando em barzinhos e festas, e agora fazemos formaturas, casamentos e grandes eventos.
Quais as referências do projeto?
As nossas referências passam pelo soul, pela animação, por termos conceitos amplos. Tocamos desde Tim Maia, Sandra de Sá, Jorge Ben Jor, James Brown, Michael Jackson, Pink Floyd, Led Zeppelin, The Police, Oasis, U2, e claro as bandas brasileiras, como Engenheiros do Hawaii, Legião Urbana, Barão Vermelho, Titãs, Capital Inicial. Mas a maior referencia mesmo é que a música tem que ser boa.
Quais os objetivos da SouLima?
O projeto é muito pessoal, então eu quero realmente profissionalizar ele. E, para isso acontecer, é deixar o vento levar e colher os frutos depois. São 25 anos de músico profissional. Música é uma classe que tem suas dificuldades. Se eu disser que faltou alguma, eu estou mentindo. Mas ainda temos passos para seguir.
Qual o diferencial do grupo?
Somos contra o radicalismo de estilos. Passeamos por vários estilos, estamos tocando James Brown, e quando acaba já entramos em um samba. Isso vem desde o início, quando tocamos em lugares mais ecléticos, e pediam de tudo.
Você usa uma peruca que imita um cabelo Black Power nos shows. Por quê?
No início do Jota Quest eles usavam, e eu gosto bastante da banda. Aí, um dia eu coloquei a peruca para brincar, e fiz o show com ela. Quando eu fui embora esqueci de tirar, entrei no carro e foi embora. Então, eu adotei ela.
Como é o cenário musical de Presidente Prudente?
Olha, do mesmo jeito que a internet oprime muito a gente, ela permite que novos artistas surjam. A gente saiu do monopólio de três ou quatro bandas que eram mais famosas em Prudente e por causa disso as outras não queriam se apresentar hoje estão fazendo seu trabalho, e tocando pela cidade. Hoje em dia eu vejo muitas minas tocando nos bares, muitas mulheres que antes se escondiam, e agora estão se defendendo, passando a mensagem.
“O SOULIMA TRAZ A CONDIÇÃO DE NÃO FICAR PRESO, É UMA MANEIRA DE NÃO SE ALGEMAR. A NOVA GERAÇÃO”
Adriano Lima
Vocês estão em gravação. Como é o processo, e quando sairá para o público os resultados?
Quando você vai fazer uma gravação você tem que pensar no custo beneficio. Hoje, na região, existem vários estúdios profissionais, e muitos também de fundo de garagem que também têm um nível profissional. Hoje, a gente grava mais guias. Que sou eu cantando, e depois se procura os instrumentistas para compor o trabalho. As músicas já estão em produção, o problema é escolher as músicas autorias, por que você vai, grava duas, e depois tem mais 2 que você gostou, mas não tem mais espaço. Os covers também já estão em produção. O que eu posso garantir é que na primeira quinzena de janeiro e 2020 vai vir coisa boa por aí.