Acusado é interrogado e confessa morte de cabeleireiro

Renato Pires disse que após o crime chegou a tomar banho na casa da vítima, antes de fugir para o Mato Grosso do Sul; cabeleireiro Maurício Amâncio da Silva foi esfaqueado e morto

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 12/07/2019
Horário 14:52
Arquivo: Delegado Rafael afirma que Renato se demonstrou “frio e sanguinário”
Arquivo: Delegado Rafael afirma que Renato se demonstrou “frio e sanguinário”

A Delegacia de Polícia Civil de Pirapozinho interrogou nesta manhã o homem acusado de matar o cabeleireiro Maurício Amâncio da Silva, conhecido como Max, de 49 anos. O crime ocorreu em junho na residência da vítima, no Jardim Vantini 2. Renato Pires, de 32 anos, tem ao menos 84 passagens policiais e foi detido em Nova Andradina depois de cometer um roubo dias após o assassinato na região.

De acordo com o delegado Rafael Guerreiro Galvão, as equipes da Pirapozinho foram ao Mato Grosso do Sul para interrogar o acusado. Conforme a autoridade, Renato confessou o crime e não demonstrou arrependimento. A motivação seria uma suposta conversa no aparelho celular do cabeleireiro com outro rapaz, o que causou ciúmes no criminoso.

Segundo apurado pela Polícia Civil, eles tiveram um breve relacionamento amoroso. Durante o momento de fúria do investigado, Max levou uma paulada na cabeça, o que o deixou desnorteado. Depois disso, o Renato pegou uma faca e desferiu os golpes que atingiram a região da garganta. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) deverá indicar a quantidade de lesões.

“Frio e sanguinário”

Conforme análise do delegado de polícia, o indivíduo se demonstrou “frio e sanguinário”. Isso porque depois do crime ele tomou um banho na residência da vítima e fugiu com o veículo. A prisão de Renato Pires foi noticiada por este diário no dia 20 de junho. Naquela data, alegou ter vendido o veículo do cabeleireiro por R$ 1 mil e gastado o dinheiro na compra de roupas e bebidas.

O acusado tem ao menos 84 passagens policiais. Dentre os delitos estão furtos, roubos, lesões corporais, ameaças e tentativas de homicídio. De acordo com o delegado, uma das características observadas nos crimes era o uso de uma faca, o que poderia explicar o apelido de “Knife”, faca em inglês. “A cada local que passa ele é conhecido por um nome diferente. ‘Boiadeiro’, quando esteve em Rosana, ou ‘Careca’”, explica.


 

 

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