Ações preventivas não podem ser subestimadas

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 29/08/2024
Horário 05:18

A mpox, também conhecida como varíola dos macacos, ressurgiu como uma preocupação global de saúde nos últimos tempos, exigindo atenção redobrada e uma abordagem rigorosa de cuidados preventivos. Embora a doença tenha sido, durante décadas, restrita a regiões específicas da África, surtos recentes em várias partes do mundo acenderam o alerta para a necessidade de medidas eficazes de controle e prevenção. Como noticiado por O Imparcial, um caso suspeito da mpox em Presidente Prudente está sendo acompanhado pelo GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) do município. A informação também foi publicada no Painel de Monitoramento dos casos da doença do Estado de São Paulo. Ainda segundo informações da Prefeitura de Prudente, amostras vão ser encaminhadas para o IAL (Instituto Adolpho Lutz), em São Paulo, para exames confirmatórios.

A mpox é uma infecção viral que, apesar de possuir sintomas semelhantes aos da varíola humana, apresenta menor letalidade. No entanto, isso não diminui a importância de medidas preventivas, principalmente diante do aumento de casos em áreas urbanas densamente povoadas, onde a propagação pode ocorrer de maneira rápida.

Os principais sintomas incluem febre, dores musculares, exaustão e lesões cutâneas características. A transmissão ocorre principalmente através do contato direto com lesões, fluidos corporais ou materiais contaminados, como roupas de cama. Embora a transmissão entre humanos não seja tão eficiente quanto em outras doenças virais, a proximidade prolongada com uma pessoa infectada bem como o contato direto aumentam significativamente o risco.
Diante desse cenário, a importância da conscientização e educação da população sobre as práticas de prevenção não pode ser subestimada. As autoridades de saúde têm um papel crucial na disseminação de informações precisas e no combate à desinformação, que pode levar à estigmatização de indivíduos infectados e dificultar o controle da doença.

Entre as medidas preventivas mais eficazes estão o isolamento de indivíduos infectados, o uso de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, especialmente em ambientes hospitalares, e a higienização regular das mãos. A vacinação também surge como uma ferramenta essencial, com vacinas já existentes que podem oferecer proteção contra a mpox, especialmente para aqueles que estão em maior risco de exposição.

A resposta da comunidade global de saúde deve ser coordenada e abrangente, garantindo que os recursos necessários sejam disponibilizados para regiões mais vulneráveis e que os sistemas de saúde estejam preparados para responder rapidamente a novos surtos. O aprendizado com pandemias recentes, como a Covid-19, deve guiar as estratégias de combate à mpox, evitando que erros do passado sejam repetidos.

É fundamental, portanto, que todos estejam conscientes da gravidade da situação e do papel que cada um de nós desempenha na prevenção da disseminação da mpox. Desde o simples ato de seguir as orientações de higiene até a vacinação, a contribuição individual é crucial para o controle dessa doença.

A saúde pública é uma responsabilidade coletiva, e somente através de esforços conjuntos, com informação, prevenção e cuidado, poderemos vencer a batalha contra a mpox e proteger nossas comunidades de futuras ameaças sanitárias.

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