Os poucos minutos nos quais a reportagem de
O Imparcialesteve na alça de acesso do Trevo da Integração com a Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Venceslau, foram suficientes para flagrar o risco que o local traz aos motoristas da região. Um caminhão que saía do município, no sentido a Presidente Epitácio, teve que fazer uma manobra brusca, em direção ao acostamento, para evitar uma colisão contra um automóvel que seguia pela rodovia.
No trecho, veículos são obrigados a entrar no acostamento para evitar colisões traseiras
É justamente a área utilizada pelo motorista do caminhão que poderia ser utilizada para a implantação de uma extensão do acesso, evitando que os veículos desemboquem diretamente na SP-270. "É necessária a realização de um estudo técnico in loco para avaliar se o acesso é viável da forma que foi implantado, além das condições de sinalização, tanto para quem utiliza o acesso quanto para quem vem da rodovia", explica Manoel Silva Felix da Costa, especialista em trânsito e instrutor do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte).
"Os responsáveis têm de avaliar se é possível ter aquele acesso e, se ocorrer algum acidente, alguém vai responder por isso", completa, destacando que o ideal seria que o local fosse liberado apenas depois da realização de todas as análises apontadas.
A Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares), por meio de nota de sua Assessoria de Imprensa, esclarece que "todas as intervenções realizadas na rodovia estão de acordo com o projeto aprovado pela Artesp ". Além disso, a "concessionária informa que está estudando uma nova proposta viária para intervenção de melhoria no acesso, trazendo mais segurança aos motoristas".
Usuários da via
"Direto eu passo ali e se o motorista vacilar, ele vai embora", descreve o encarregado Adeucio Teixeira Júnior, 47 anos, que é morador de Venceslau. "Ou você joga no acostamento ou o condutor que vem em seguida entra na sua traseira, pois a parada é muito em cima", relata, informando que utiliza o acesso de carro, caminhão e caminhonete. "É preciso fazer um prolongamento ali, pois se tem acidente, dizem que a culpa é sempre do motorista", completa.
"A sensação é de revolta, pois moro em Sertãozinho , mas minha mãe e irmãos residem em Marabá Paulista, além dos meus sobrinhos em Presidente Prudente. Os riscos neste trecho são muito grandes", reclama Joelma Souza, 49 anos.