Após dois anos de isolamento social por causa da pandemia do coronavírus, foi retomado nesta semana, no Lar Santa Filomena, o projeto “Educação em saúde, tecnologia, literatura, artes: sinergias para a inclusão social”. Iniciativa de extensão da Fipp (Faculdade de Informática de Presidente Prudente) com a parceria de outros cursos. Para a volta de ações presenciais a professora Dra. Edima de Souza Mattos anunciou a programação com palestra sobre bullying na manhã de quarta-feira (11), com a psicóloga Ana Paula Fabrin, e seis atividades na quinta-feira (12) à tarde.
Pela primeira vez, crianças em acolhimento no lar e as que moram em seu entorno, participantes do projeto CAE (Conhecimento Além da Escola), tiveram a atividade contação de histórias, proporcionada pelo curso de Pedagogia. O professor do curso de Artes Visuais, Josué Pantaleão, retornou com a oficina Artes em Reciclagem, estimulando a criatividade e cuidados ambientais. O curso de Medicina promoveu quatro atividades de caráter preventivo e de conscientização: higiene corporal, lavagem das mãos, saúde bucal e primeiros-socorros. O projeto da Fipp envolve ainda os cursos de Odontologia e Estética e Cosmética; e o Mestrado em Ciências da Saúde. Nesta ação, o projeto contou com a parceria da Residência Multiprofissional em Saúde, do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo.
Além do Lar Santa Filomena, as ações ocorrem em outros espaços de acolhimento: Lar dos Meninos, Asilo Lar São Rafael e Vila da Fraternidade. Conforme a assistente social Adriana do Amaral Cunha, que coordena o CAE, a Unoeste tem sido grande parceira ao longo dos anos. Mesmo durante o período de isolamento social, procurou suprir o presencial com o envio de vídeos que foram utilizados para orientar as crianças. “É uma parceria excelente e fundamental à conscientização e prevenção, que estão contribuindo para a educação. Eles [estudantes universitários] não estão aqui apenas para cumprir horas, mas comprometidos em fazer um trabalho preventivo”, pontua.
Adriana conta que são 150 crianças no projeto CAE e que no momento estão com 147 matriculadas, mas que ainda conseguem abrir vagas de manhã, dependendo da demanda. O projeto já chegou a atender 170, com as ofertas de oficina de artes, educação física, musicalização e temas transversais, difíceis de serem tratados em casa, tais como preconceito e sexualidade; que são trabalhados por uma professora. Além do projeto de contraturno escolar, o Lar Santa Filomena tem 55 atendidos em acolhimento.
“Os temas trabalhados pela Unoeste enriquecem tudo aquilo que a gente já vem falando no dia a dia. Mas, chegam com o poder muito mais profissional. Por exemplo, com a turma de Medicina, as crianças se sentem diante de futuros médicos. Então, tem um poder muito grande essa fala que contribui na questão de orientação”, diz Adriana e conta que as crianças levam as informações diferenciadas para as famílias em situações de vulnerabilidade social e isso contribui para reduzir ou evitar problemas de saúde. “Tem muita gente que acaba precisando dos postos de saúde e hospitais por falta de informação”, comenta.
Fotos: Mariana Tavares/Unoeste
Orientações sobre primeiros-socorros
Doação de kit de higiene e bombons
Responsáveis pela extensão da Unoeste e pelo projeto CAE