A tecnologia: aliada ou vilã?

OPINIÃO - Janaína Pereira

Data 27/03/2025
Horário 04:30

Nos dias de hoje, é impossível ignorar o papel que a tecnologia desempenha na vida das crianças. Jogos digitais, aplicativos educativos e brinquedos interativos fazem parte da rotina infantil e, quando utilizados de forma equilibrada, podem ser grandes aliados no desenvolvimento cognitivo e social. 
No entanto, é preciso cautela: será que estamos substituindo brincadeiras fundamentais pelo uso excessivo de telas? Não se pode negar que dispositivos como tablets e celulares oferecem jogos que estimulam habilidades como memória, lógica e socialização. Realidade aumentada e realidade virtual ampliam as possibilidades de aprendizado e diversão, proporcionando experiências imersivas que despertam curiosidade e criatividade. 
Mas até que ponto essas ferramentas tecnológicas devem ocupar o espaço das brincadeiras tradicionais? 
O grande desafio está no equilíbrio. As brincadeiras tradicionais, como correr, pular corda e jogar bola, são essenciais para o desenvolvimento motor e emocional. O contato físico e a interação direta com outras crianças ajudam a fortalecer a inteligência emocional, promovendo respeito, empatia e noção de coletividade. Além disso, é fundamental que os pais participem ativamente do universo lúdico de seus filhos. Observar como a criança brinca permite compreender melhor suas emoções, preferências e dificuldades, fortalecendo o vínculo familiar.
Quando os adultos compartilham momentos de diversão com as crianças, seja por meio da tecnologia ou de brincadeiras tradicionais, a experiência se torna muito mais rica e significativa. A tecnologia não deve ser vista como uma vilã, mas também não pode assumir o papel de protagonista na infância. Seu uso consciente, aliado à manutenção das interações sociais e brincadeiras ao ar livre, garante que o brincar continue a ser uma ponte essencial para o desenvolvimento infantil. O segredo, portanto, está na moderação e no discernimento dos pais e educadores. Afinal, brincar é mais do que entreter; é crescer.
 

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