Ok, tiramos as máscaras!!!! E tudo voltou ao normal!? Voltou? Normal?
Vou começar pensando sobre as áreas em que atuo: a educação e a arte, e nas tentativas da sociedade em se reinventar.
Vamos banir o celular das salas de aula! Ele dispersa, ele virou um inimigo do conhecimento, ele é a danação, mas, quando apareceu o celular era a modernidade em estado sólido: informações ao alcance da mão, mundos acessíveis a um toque de botão, comunicação imediata e completa com o mundo todo, era a modernidade, onde então nos perdemos? Como então um instrumento mudou tanto a cara e o modo de ser?
Pra que serve o conhecimento? Primeira coisa e característica que não é a principal e nem a mais vistosa, é apenas uma característica a que todos nós já fomos apresentados. Conhecimento ninguém pode roubar, roubam carros, dinheiro, joias e propriedades, mas o conhecimento ficara sempre cristalizado em você.
Qual conhecimento? O seu ou o meu? O que eu acho, o que eu penso ou que me contaram? Ou o conhecimento que eu encontrei, apenas para iluminados, nas redes sociais? O que o celular conta, ou o que o vizinho contesta, o que escuta entre barulhos da cidade? A conversa em voz baixa nos cafés?
A melhor resposta a essas questões é a educação, a maneira que a sociedade encontrou para que uma geração passe suas soluções para a geração seguinte que deverá repensá-las e assim ir participando da dinâmica da vida e do mundo, uma geração inventou o celular, outra aproveitou nos seus momentos e agora estamos atônitos com as novas possibilidades de controle e mistificação.
Trocamos os livros sagrados e suas verdades eternas por pequenos posts que nos induzem a credibilidade dos absurdos, neste percurso perdemos a capacidade de reagir, questionar e acreditar ou não, a dúvida foi banida da sociedade como sinônimo de fraqueza, trocamos também os livros didáticos as apostilas, as aulas e as conversas por verdade indiscutíveis e banais, o indivíduo não se reconhece na busca do conhecimento, agora, ele acha, tem certeza, sabe que e pronto.
Volto ao celular que já foi tão útil e moderno, assim como as instituições escolares que geraram conquistas e realizações para tantos, na educação não existe solidão, não é um aparelho ligado com um alguém que não conhecemos, mas acreditamos, que está fazendo e orientando o modo de agir, necessidades e desejos, agora na perigosa educação vemos, questionaram, duvidamos, dormimos e até sonhamos, mas o outro está lá, reagindo e assim estamos criando o futuro e suas relações.
O conhecimento transformador só se realiza no coletivo, no encontro, nos questionamentos, nas conversas de corredor enquanto a aula não chega. Ou durante a aula em que mundos possíveis são apresentados e questionados.
A chamada então será assim, que os celulares sejam um instrumento de comunicação, só que pra gente ter assunto pra comunicar o conhecimento formatado nos ajudará a ter esse repertório, e com este repertório filtrado e vivenciado por nós mesmos o alicerce das realizações será plantado,
Acreditar no conhecimento e na formação é tão somente acreditar que a vida tem sentido.
E como dizia seo Milton Penacchi “Ninguém faz nada sozinho”, inclusive a educação, ela precisa de nós!! Vamos?