Em breve pesquisa é possível conceituar pobreza menstrual como: uma expressão utilizada para denominar a falta de acesso a produtos de higiene menstrual, de infraestrutura sanitária adequada em casa e na escola e de conhecimentos necessários para esse período do ciclo reprodutivo. Para quem tem acesso a esses itens, é difícil pensar na dificuldade do outro nesses quesitos. Conforme a Agência Senado, se para a maior parte da população que menstrua os cuidados são apenas mais um hábito de higiene, para uma pequena, mas significativa, parcela desse público a realidade são condições precárias de higiene, como falta de acesso a itens básicos, falta de informação e de apoio nesse período.
É uma realidade. Jornal, pedaços de pano ou folhas de árvores usados de forma improvisada no lugar de um absorvente para conter a menstruação. Sim. Muitas meninas e mulheres se submetem a essa saída no período do sangramento. E, é um assunto que tomou conta do noticiário de um tempo para cá, principalmente depois de vir à tona que um dos motivos de faltas nas escolas das meninas era, justamente, neste período e pela falta dos itens já citados.
A pobreza menstrual, como a situação ficou conhecida, chegou ao Senado por iniciativa popular. Vindas de mulheres. As propostas coincidem com a Recomendação 21, de 2020, aprovada em dezembro pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos, órgão ligado ao governo federal. Ainda conforme a Agência Senado, o ato recomenda a criação de uma política nacional de superação da pobreza menstrual. Com a medida, o conselho quer assegurar a mulheres, meninas, homens trans e demais pessoas com útero o acesso a itens como absorventes femininos, tampões íntimos e coletores menstruais.
E nós, como cidadãos, preocupados com o próximo, podemos fazer nossa parte. E, graças ao empenho de mulheres de Presidente Prudente, temos a possibilidade de ajudar mulheres da cidade neste sentido. Como noticiado neste diário, Prudente conta com o Projeto Lunar, que só em julho ajudou 400 mulheres assistidas pelo Fundo Social de Solidariedade com kits de higiene íntima e pessoal. A iniciativa conta com pontos fixos de coleta de absorvente e há a possibilidade de doações espontâneas através de pix. Cada um fazendo sua parte e ajudando um pouco, é possível proporcionar um pouco mais de dignidade ao próximo.