A Páscoa judaica é celebrada para relembrar a libertação do povo da escravidão do Egito. O povo de Israel vivia escravo no Egito e Javé, com sua mão poderosa os libertou desta escravidão, e esta é relembrada em todos os aspectos da ceia. A nossa Páscoa é a celebração da libertação daquele que tem Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, da escravidão do pecado da morte. Quem celebra a Páscoa Cristã é aquele que foi libertado para vida eterna. A Páscoa é a principal festa do calendário judaico. O nome Péssach traz a ideia de passagem por cima, livramento, ou proteção. Celebrada no 14º dia de Nissan (abril), 1º mês do calendário Judaico. A Observância religiosa da Páscoa é algo imperdível para um judeu, seja ele religioso ou não. Isso porque a festa também tem caráter político e social, é a libertação da escravidão do Egito. Durante o Séder, os participantes comem comidas que simbolizam vários aspectos que os judeus experimentaram como escravos no Egito. O Séder ajuda a preservar identidade judaica. Para nós, nesta noite nós relembramos a última ceia que Jesus fez com seus discípulos. Neste dia, Ele tomando o Pão e o Vinho, deu graças e deu a todos como forma de sacrifício por cada um de nós. A partir deste dia, todas as vezes que fazemos isto celebramos, em comunhão com os irmãos, a sua memória até que um dia, estaremos celebrando com ele e com todos os santos. Péssach era o nome dado ao cordeiro pascal que os judeus sacrificaram ao Senhor em memória daquela noite em que o Todo-Poderoso passou por cima das casas dos israelitas no Egito. Note-se que o cordeiro era sujeito a muitas exigências do ritual, cheias de significado profético: devia ser macho, sem defeito, assado em espeto em forma de cruz, com uma vara penetrando toda a sua extensão e a outra separando os pés dianteiros; e nenhum osso devia ser quebrado. Para nós Jesus foi este cordeiro! Ele foi levado à cruz para pagar o preço do resgate de nossas vidas. Foi morto para que tivéssemos vida, da mesma forma que os cordeiros foram mortos para que os primogênitos do povo de Israel tivessem vida. Ele era macho, não tinha defeito ou pecado, foi morto numa cruz e nenhum osso seu foi quebrado. Por isso não existe mais cordeiro a ser morto, pois ele realizou o sacrifício único e completo pela vida de cada um de nós. Durante os oito dias da Páscoa, os judeus eram obrigados a usar o pão ázimo para comemorar a primeira Páscoa, em lembrança da saída do Egito, quando não houve tempo para levedar o pão. Este é o pão do tormento que os judeus libertos levaram consigo para fora do Egito, como está escrito: “E cozeram bolos asmos da massa que levaram do Egito; pois não se tinha levedado, porque foram lançados fora do Egito; não puderam deter-se e não haviam preparado para si provisões” (Ex 12:39). Para nós cristãos, Jesus utilizou na última ceia, o pão e vinho, como símbolo de seu corpo e sangue que por meio da oração eucarística e pela ação de deus se tornam corpo e sangue de Nosso Senhor, alimento salutar para a nossa caminhada de fé. MARÓR é o nome dado às ervas amargas, que nos faz lembrar que os egípcios amarguraram a vida dos israelitas, como está escrito: “Então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os serviam” (Ex. 1:13-14). Por fim , a HARÓSSET, que é a cor vermelha, significa a argamassa e os tijolos que os escravos hebreus eram obrigados a fabricar no Egito. Para nós cristãos, misturada com o marór, este alimento simboliza a nossa própria vida, feita de acontecimentos doces e amargos, mas sempre aberta à esperança que temos em Cristo Jesus.
MINI SERMÃO
A Páscoa da Antiga Aliança tinha uma celebração em memória à libertação do povo de Israel da escravidão do Egito. Era restrita ao povo de Israel, com exceção de servos circuncidados; que seguiam a lei, pois ela desempenhava um papel importante na condução do povo. A Páscoa na Nova Aliança celebra a libertação do pecado e a salvação que Jesus nos trouxe. Jesus instituiu na última ceia a Eucaristia, utilizando duas matérias: a do pão e do vinho; que se tornam pela graça de Deus e pela oração consagratória o seu corpo e o sangue; alimento salutar de nossa caminhada de fé para a consumação na vida eterna; que atualizamos a memória de seu sacrifício pascal em nossas missas em ação de graças.
(Autor: Padre Armando Nochetti)
AGENDA PAROQUIAL
-Presidente Prudente – Distrito de Montalvão
-Missas aos domingos 8h e 19h
MENSAGEM DO PAPA
Papa Francisco em sua reflexão sobre a: “Páscoa da Nova Aliança”.
Segundo o pontífice da fé, a Páscoa é o início de um mundo novo, libertado do pecado e da morte. A ressurreição de Jesus nos dá a certeza de que a morte foi transposta e que o luto, o pranto e a dor foram derrotados. A alegria da ressurreição não é algo distante, mas está muito próxima de nós, porque nos foi dada no dia do nosso batismo. A unidade beneficiaria a comunhão entre cristãos de diferentes denominações. Segundo o pontífice, o anúncio da Ressurreição de Jesus, trouxe-nos a esperança de buscarmos a reconciliação com Deus e alcançarmos o perdão de todos os nossos pecados. A alegria da Ressurreição contagia o nosso coração a fim de testemunharmos o nosso encontro pessoal com Cristo, para as pessoas que ainda estão afastadas do caminho de Deus. A Páscoa de Jesus, disse o santo padre, não se trata de uma fórmula mágica, que faz desaparecer os problemas, mas é a vitória do amor sobre a raiz do mal, que transforma o mal em bem: “marca exclusiva do poder de Deus”. A luz do Cristo ressuscitado resplandeça nas trevas e reacenda em nós a chama da fé, esperança e caridade para que possamos caminhar como peregrinos ruma à vida eterna.
Padre Armando Nochetti
Admi. Paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Graças – Montalvão.
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