A partir de segunda, preço dos pedágios fica 4,66% mais caro em praças da região

Novos valores atingem as unidades de Caiuá, Presidente Bernardes, Rancharia e Regente Feijó, na Rodovia Raposo Tavares

REGIÃO - GABRIEL BUOSI

Data 29/06/2019
Horário 08:46
José Reis - Praça de Presidente Bernardes é uma das quatro que terão reajuste de preços na região
José Reis - Praça de Presidente Bernardes é uma das quatro que terão reajuste de preços na região

A Artesp (Agência de Transporte do Estado de são Paulo) anunciou ontem que a partir da 0h de segunda-feira quatro pedágios da região de Presidente Prudente e que estão na Rodovia Raposo Tavares (SP-270) terão as tarifas reajustadas. São eles: Caiuá, Presidente Bernardes, Rancharia e Regente Feijó. Conforme a agência, trata-se de uma atualização contratual anual das tarifas, ou seja, a medida já era prevista para ocorrer, quando será aplicado o índice de 4,66% relativo ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado entre junho do ano passado e maio deste ano.

Aos motoristas, a Artesp lembra que os pedágios estão distribuídos da seguinte forma: em Caiuá no quilômetro 512 mais 300 metros da SP-270, em Presidente Bernardes no quilômetro 590 mais 750 metros, em Rancharia no quilômetro 512 mais 300 metros e em Regente Feijó no quilômetro 541 mais 540 metros da mesma rodovia. A agência diz ainda que desde 1998, início das concessões no Estado de São Paulo, é que o reajuste é aplicado todo dia 1º de julho. “Empenhado em proporcionar a cobrança de valores cada vez mais adequados ao serviço utilizado, o Estado tem estimulado a implantação da modicidade tarifária e a adoção de tarifa flexível por demanda”, afirma.

Já sobre os valores, a Agência de Transporte do Estado de são Paulo comenta que em razão de arredondamentos na fração dos centavos, também prevista nos contratos de concessão no Estado, haverá praças em que o percentual final ficará abaixo do índice de 4,66% e outras em que ficará “ligeiramente” acima.

A Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares), ao ser procurada, por sua vez, lembrou que o reajuste anual de tarifas está previsto no contrato de concessão firmado e disse que os valores das tarifas de cada praça de pedágio e a data dos reajustes são determinados pela Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo.

Opinião dos motoristas

O caminhoneiro de 38 anos, Fernando Rocha, afirma que frequentemente passa pela região de Presidente Prudente e mesmo tendo a empresa em que trabalha bancando o valor gasto em pedágios, vê como desigual a distribuição de preços feita em todo o país. “Eu acho que os pedágios deveriam ser padronizados, pois andamos o Brasil todo, vemos as mais diversas condições de vias e preços que não condizem com o serviço ofertado”. Para ele, o reajuste na região é visto como um sinal de esperança para melhorias nas estradas.

Já o caminhoneiro de 56 anos de Campo Grande (MS), João Renato Costa, lembra que semanalmente trafega pelo corredor da SP-270 entre Presidente Epitácio e Prudente, e diz que, para ele, o reajuste não interfere. “Sei que as concessionárias também possuem seus impostos e custos de serviço. Já era aguardado e os centavos não vão nos matar, não”.

 

PESA NO BOLSO

Novos valores incidem no frete

e nas despesas das prefeituras

GABRIEL BUOSI

Da Redação

Sobre o reajuste de 4,66% na tarifa de quatro pedágios da região de Presidente Prudente, sendo em Caiuá, Presidente Bernardes, Rancharia e Regente Feijó, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes e Logística de Presidente Prudente e Região, Antônio Carlos Fernandes, afirma que para o setor a medida representa um repasse para o preço dos fretes.  “Mesmo sendo algo sazonal, as empresas farão estudos para analisar como incorporar esse novo gasto dentro de seus serviços”.

Além disso, Antônio Carlos comenta que para este processo é preciso levar em conta toda uma planilha de custos e que engloba, além do pedágio, gastos com pneus, câmaras e manutenções diversas. “Esse reajuste não necessariamente seguirá a porcentagem de aumento dos pedágios, mas ainda não temos um valor exato para informar. As empresas estão se reunindo e isso deve ocorrer em 15 dias”, comenta Antônio.

Já para o presidente da Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema), Jorge Duran Gonçalez (PSD), prefeito de Presidente Venceslau, o reajuste, “sem dúvidas”, veio para trazer impactos na vida de munícipes e prefeituras da região. “Vivemos um período de recessão muito forte e o pedágio é algo que envolve a locomoção das pessoas entre as cidades em busca de trabalho, saúde, educação e até mesmo lazer. Por isso, vai pesar no bolso”.

Duran ressalta ainda que até mesmo as prefeituras, que fazem esse transporte intermunicipal, devem “sofrer” com os novos valores. “Nos preocupa e muito e gostaríamos que fosse um reajuste feito só mais para frente”, finaliza.

 

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