A medicina é linda

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 23/11/2023
Horário 04:58

Uma alegria para toda a família, para a cidade de Piquerobi e para todos que torceram pelas gêmeas Allana e Mariah, que foram separadas recentemente: elas estão voltando para casa. As meninas seguirão sendo acompanhadas pela equipe multidisciplinar de um serviço especializado em uma cidade vizinha. Elas devem voltar ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto (SP) no início de 2024, quando passarão por novos exames e avaliações médicas e de reabilitação.

Como já publicado, ao longo de 12 meses, foram realizadas quatro neurocirurgias meticulosas que culminaram na completa separação das cabeças de Allana e Mariah, além de um procedimento cirúrgico em que foram inseridas bolsas de silicone abaixo do couro cabeludo e coleta de células-tronco das irmãs. O processo demandou dedicação total da equipe médica, que trabalhou 27 horas ininterruptas durante a cirurgia final. O sucesso envolveu o uso de uma técnica inédita no processo de reconstrução dos crânios das gêmeas.

O avanço da ciência e da medicina impressiona e faz com que sejamos testemunhas de histórias como essa, de sucesso, cura, vida nova, qualidade no dia a dia. Realmente, as mãos dos especialistas são tocadas pela compaixão, e seus olhos refletem a esperança; “são anjos de jalecos brancos, guiando-nos através das tempestades da enfermidade para a serenidade da cura”. É impressionante onde a inteligência humana pode chegar.

Nos dá muita esperança de doenças até hoje incuráveis, se tornarem curáveis daqui um tempo – e pouco tempo.

A história das gêmeas, que este diário acompanhou desde o início, é a prova de que Deus é misericordioso e que a sabedoria humana, se usada com decência e ética, pode conquistar o que quiser. 

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