A segurança no trânsito é um direito de todos e um dever de cada motorista. No entanto, a realidade das rodovias brasileiras frequentemente expõe a irresponsabilidade de condutores que ignoram os limites de velocidade e colocam em risco não apenas suas próprias vidas, mas também a de terceiros. O caso registrado na segunda-feira, durante a Operação Controle de Velocidade, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Presidente Venceslau, evidencia essa triste realidade: mais de 70 veículos foram flagrados acima do limite permitido, incluindo um Jaguar que atingiu a absurda marca de 215 km/h.
A imprudência ao volante é uma das principais causas de acidentes fatais no país. O excesso de velocidade reduz o tempo de reação do condutor, aumenta a gravidade das colisões e compromete a segurança de todos os usuários da via. Mesmo com campanhas de conscientização e fiscalização rigorosa, muitos motoristas insistem em desafiar as leis e colocar a própria sorte acima do respeito à vida.
As rodovias não são pistas de corrida. O Código de Trânsito Brasileiro estabelece limites claros para garantir um deslocamento seguro, e desrespeitá-los não pode ser visto como um simples descuido, mas sim como um ato de irresponsabilidade criminosa. O caso do Jaguar a 215 km/h é emblemático, mas não é isolado. Infelizmente, a pressa injustificável e o desejo inconsequente de velocidade seguem fazendo vítimas e superlotando hospitais.
O alerta da Polícia Militar Rodoviária não poderia ser mais oportuno: velocidade em excesso não combina com segurança. Cabe aos motoristas refletirem sobre o impacto de suas escolhas e dirigirem de forma responsável. As leis de trânsito existem para proteger vidas, e seu cumprimento não deve ser visto como uma obrigação incômoda, mas sim como um compromisso ético e social.
Somente com consciência e respeito à legislação será possível tornar o trânsito mais seguro para todos. A velocidade pode proporcionar adrenalina momentânea, mas a prudência e a responsabilidade salvam vidas. Que a fiscalização continue atuando com rigor e que os condutores passem a enxergar o cumprimento das regras como um dever inegociável.