A explosão vulcânica

OPINIÃO - Alyson Bueno Francisco

Data 25/01/2022
Horário 05:00

O ano de 2022 começou com acontecimentos e temos acesso às informações em nossa aldeia global. A explosão do vulcão submarino em Tonga, arquipélago do Oceano Pacífico, foi uma dessas notícias. Nós brasileiros temos o privilégio de não nos preocuparmos com os vulcões, visto que estamos no centro de uma placa tectônica e temos apenas poucos tremores de terra, alguns decorrentes do peso da água nas grandes represas das hidrelétricas, chamados de sismos induzidos. 
A erupção em Tonga é totalmente um evento natural, visto que as atividades vulcânicas são comuns e ativas no Círculo do Fogo do Pacífico. A maioria das ilhas do Pacífico é de origem vulcânica, e como a Placa do Pacífico é a maior do planeta, existem erupções vulcânicas nos “pontos quentes”, espécie de válvulas de escape dessa imensa placa tectônica, além das conhecidas atividades vulcânicas nas bordas da Placa do Pacífico. Através das imagens de satélite, foi possível registrar o exato momento da explosão, com medições pela computação gráfica e as estimativas da quantidade de gases emitidos pela explosão.
Nossa explosão é outra. Nossa explosão não tem nada a ver com as aulas de geografia sobre os vulcões em outros países. O aumento do número de casos pela variante ômicron da Covid-19 vem trazendo preocupações e debates acirrados entre os cientistas e os negacionistas. Os gráficos produzidos a partir dos casos confirmados em todo o mundo trazem um espanto como as notícias de nossa aldeia global.
 A média móvel de casos, tão apresentada nos noticiários, está assustando as pessoas. Vamos torcer para que esse susto não traga tantas mortes como na segunda onda de casos em abril de 2021. Mas infelizmente as festas de fim de ano e as férias, juntamente com o povo brasileiro que sempre gostou de abraçar todo mundo, tiveram o resultado esperado pelos cientistas ou será até uma grande surpresa o crescimento exponencial de casos?
O vírus precisa matar menos, visto que a espécie hospedeira precisa estar viva para que o vírus continue existindo. Essa é a ideia dos evolucionistas da época de Charles Darwin. Agora a doença mata menos e por isso causa menos medo nos cidadãos. O problema é que os “gripados” das festas de Natal estão lotando as filas dos postos de saúde e também clínicas particulares, inclusive em Presidente Prudente, um lugar relativamente isolado, mas com cidadãos que gostam de viajar, de curtir as férias (em Camboriú, por exemplo). 
Caros leitores, vamos usar máscaras, não porque é lei, achando que as leis irão regrar as formas de comportamento das pessoas. Vamos usar máscaras e ficar em casa cuidando de nossas famílias para nosso próprio bem e evitar que essa explosão não seja tão catastrófica como o vulcão do Pacífico.
 

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