A confirmação da sétima morte por dengue em Presidente Prudente acende mais um alerta sobre a gravidade da epidemia no município. A vítima, uma mulher de 61 anos, faleceu em 25 de fevereiro, e o laudo que confirmou a causa da morte foi divulgado apenas agora. Além disso, outros oito óbitos seguem sob investigação para determinar se há relação com a doença. Os números preocupam e exigem uma resposta coordenada e imediata das autoridades e da população.
O avanço da dengue não é um problema isolado, mas um reflexo da combinação de fatores ambientais, falhas na prevenção e, muitas vezes, da negligência no combate ao mosquito Aedes aegypti. O papel da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Epidemiológica é crucial na contenção do surto, mas a responsabilidade não pode recair apenas sobre o poder público. A população também precisa assumir um compromisso firme no combate aos criadouros do mosquito, eliminando focos de água parada e adotando medidas de proteção individual.
Historicamente, surtos de dengue se agravam em períodos chuvosos e quentes, condições ideais para a proliferação do vetor. No entanto, a recorrência e o crescimento do número de casos mostram que campanhas educativas, mutirões de limpeza e políticas de combate ao mosquito ainda não estão surtindo o efeito esperado. Isso indica a necessidade de uma revisão das estratégias adotadas, com ações mais incisivas, fiscalização rigorosa e ampliação da mobilização comunitária.
A letalidade da dengue reforça que a doença não pode ser subestimada. Não se trata apenas de estatísticas, mas de vidas perdidas, famílias enlutadas e um sistema de saúde sobrecarregado. Diante desse cenário, é fundamental que cada cidadão faça a sua parte, e que o poder público atue com firmeza para evitar novas tragédias. O combate à dengue precisa ser encarado como prioridade absoluta, antes que o surto se transforme em uma crise ainda maior.