A educação alavanca o desenvolvimento

OPINIÃO - Renato Michelis

Data 24/10/2023
Horário 04:30

No último dia 15, comemorou-se o Dia Nacional dos Professores. Particularmente, acredito ser a profissão mais importante que existe. Uma vocação! Adjetivos como paciência, perseverança, generosidade, dentre outros, são requisitos que, sem as quais, a nobre arte de transmitir o conhecimento não produziria resultados satisfatórios.
Segundo o Pisa (Programme for International Student Assessment), da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), índice que mede a qualidade do ensino entre 65 países avaliados, o Brasil patina na 53ª posição.
Quando observamos países com altos índices de desenvolvimento, é fácil notar que, em concomitância com a evolução econômica, o aporte de investimentos na qualidade da educação e cultura são precursores de tais resultados. 
Vejamos os exemplos dos países popularmente chamados de “tigres asiáticos”: Cingapura, Coreia de Sul, Hong Kong e Taiwan. Na década de 1990, eles investiram na educação, possibilitando a formação de mão de obra qualificada, que serviu como um dos alicerces para o avanço econômico e social, alcançando índices acima de 0,90 no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). 
Como referência, temos em 87º lugar o Brasil, com nota 0,754; sendo que 1º colocado no mundo está a Suíça, que tem nota 0,962, e o pior é o Sudão do Sul, com  0,385. Qual a conclusão que chegamos?
Não há como pensar em desenvolvimento econômico e social de um povo sem o investimento maciço em educação. Para isso, precisamos voltar a valorizar os professores, investir na formação de quem vai ensinar e formar novos médicos, advogados, engenheiros e técnicos de todas as áreas, pois estes futuros profissionais é que irão alavancar nossos índices de qualidade de vida. 
Em conjunto, precisamos de mais investimentos em instalações e equipamentos, ferramentas para que estes preceptores possam desempenhar seu papel. Por fim, e não menos importante, a adoção de políticas que traduzam no respeito e dignidade a estes profissionais que chegam a trabalhar em condições degradantes.
Como estamos falando de uma construção de médio a longo prazo, características que o gestor público brasileiro normalmente não valoriza, pois busca resultados imediatos que se traduzam em votos para a próxima eleição, cabe a nós, como sociedade civil, trabalharmos para mudarmos esta política, cobrando e articulando junto aos poderes públicos.
 

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