A arte do elogio

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 07/07/2024
Horário 04:30

No ambiente corporativo moderno, produtividade e motivação são essenciais. Duas figuras que se destacam nesse cenário são Napoleon Hill e Dale Carnegie, famoso pelo clássico "Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas". Ambos trazem lições valiosas sobre a arte do elogio e do reforço positivo, mas com nuances que merecem atenção.
Dale Carnegie é um grande defensor do poder do elogio. Ele acredita que o reconhecimento sincero e o reforço positivo são ferramentas poderosas para motivar as pessoas e consolidar comportamentos desejados. Carnegie ressalta que as pessoas prosperam quando são reconhecidas por suas contribuições e que elogiar genuinamente pode criar um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.
No entanto, Napoleon Hill alerta sobre os perigos do exagero. Em "O Método de Vendas de Napoleon Hill", Hill enfatiza que, embora os elogios sejam importantes, é crucial que eles sejam sinceros e moderados. A bajulação pode desmotivar os funcionários em vez de motivá-los. Hill defende que os elogios devem ser direcionados e específicos, reforçando comportamentos positivos sem perder a autenticidade. Enquanto o elogio genuíno ajuda a fortalecer a autoestima dos funcionários e a promover um ambiente de trabalho positivo, a moderação e a sinceridade evitam a superficialidade e garantem que o reconhecimento tenha um impacto real.
Por exemplo, em uma situação onde um erro grave de um funcionário resultou em prejuízo para a empresa, é possível aplicar essas lições de maneira construtiva. Antes de abordar o erro, é fundamental deixar claro o valor que o funcionário tem para a empresa, ressaltando suas qualidades e conquistas. Dessa forma, a "chamada de atenção" e responsabilização se transformam em uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional, sendo vista como uma orientação em vez de uma repreensão.
Essa abordagem não só facilita a aceitação da crítica como também promove uma cultura de aprendizado e evolução contínua. Os funcionários se sentem valorizados e compreendem que seus esforços são reconhecidos, o que os motiva a melhorar e a evitar erros futuros.
Em resumo, o equilíbrio entre o reforço positivo de Carnegie e a moderação de Hill pode transformar a dinâmica corporativa, criando um ambiente onde os funcionários se sentem verdadeiramente apreciados e motivados a dar o seu melhor. Afinal, liderar é, acima de tudo, inspirar e guiar as pessoas, com sabedoria e empatia.
 

Publicidade

Veja também