A simulação de um incêndio em uma das salas do cinema do Prudenshopping, em Presidente Prudente, deixou 80 pessoas "feridas" e 20 "mortas", durante treinamento de socorro realizado na manhã de domingo. A sala de projeção estava com sua lotação máxima, de 168 pessoas, quando, por algum motivo, ocorreu um curto-circuito no sistema, originando as "chamas".
Trata-se de um trabalho conjunto com diversos órgãos de saúde, em parceria com hospitais. De acordo com Orival Santana Júnior, capitão comandante do 1º Subgrupamento de Bombeiros de Presidente Prudente. Todo o trabalho foi feito como se fosse uma ocorrência real. A iniciativa partiu da Liga do Trauma da Faculdade de Medicina da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), com a participação da Policia Militar, Tiro de Guerra, Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares), Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação a Segurança Pública), Defesa Civil do município, grupo de Escoteiros Guayporé, Home Care, Unimed, entre outros.
Treinamento de socorro foi realizado na manhã de domingo, no cinema do Prudenshopping, e contou com diversos parceiros
"Fizemos todo o serviço em sincronia, combinando a função de cada um. A simulação visa integrar os órgãos justamente para melhorar a interação do trabalho e a eficiência em ocorrências grandes, como esta que reproduzimos", declara Orival.
Ainda segundo o capitão, houve pânico, as pessoas caíram na tentativa de evacuar o local, e muitas ficaram feriadas por serem pisoteadas. Os óbitos simulados envolveram todas as situações possíveis em casos como este, como queimaduras em seus variados graus, além de intoxicação pela inalação da fumaça. "Foi excelente. Tivemos um simulado de grande envergadura, o qual mostrou que Prudente tem equipes qualificadas para atendimentos de todos os portes. Os órgãos estão preparados", destaca o bombeiro.
Hospital
Depois de receberem os primeiros-socorros, as vítimas foram encaminhadas aos hospitais, onde seguiu o treinamento com as equipes de médicos e de enfermagem. No pronto-socorro da santa casa, os profissionais ficaram mobilizados para o atendimento dos feridos. "Durante o simulado, os procedimentos foram encenados como reais, desde a identificação dos feridos que chegavam, atendimentos nas salas de emergência e encaminhamentos para centro cirúrgico, UTI e internação", informa o Departamento de Comunicação do hospital.
Ainda segundo a Assessoria de Imprensa, a santa casa foi um dos três hospitais que receberam as vítimas do incêndio. Segundo a gerente de enfermagem da unidade, Daine Hilário, mais de 50 profissionais foram mobilizados para o atendimento. "Convocamos equipes de apoio, enfermagem e médica", expõe. A instituição atendeu feridos com diferentes classificações de risco. De acordo com o diretor técnico da unidade, cardiologista Carlos Eduardo Bosso, a simulação de catástrofe é um momento para testar a estrutura de atendimento. "Hoje recebemos cinco vezes mais pacientes do que nossa capacidade normal. É uma forma de aperfeiçoar os serviços e fazer uma avaliação dos protocolos utilizados", pontua. Mesmo com a simulação de catástrofe, o atendimento no pronto-socorro foi mantido normalmente.
