Ao todo, 6.551 estudantes que integram 11 escolas abrangidas pela Diretoria Regional de Ensino da Região de Presidente Prudente farão as provas do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) deste ano. O exame será aplicado a estudantes do 5º ano do ensino fundamental 1; 7º ano (por amostragem); 9º ano do ensino fundamental 2; e para alunos do 3º ano do ensino médio da rede estadual de ensino. As provas começam hoje, com as avaliações de matemática, e seguem amanhã, com as questões de língua portuguesa. Vale ressaltar que além das séries citadas, o Saresp também é aplicado a estudantes do 2º e 3º anos do ensino fundamental, que na região são municipalizados, e tem como objetivo avaliar o desempenho e aprendizado dos estudantes.
O exame é direcionado para os alunos da rede estadual, mas também abrange instituições de ensino municipais e particulares que queiram analisar o desempenho dos estudantes. Porém, neste ano, diferentemente das edições anteriores – em que as escolas municipais participaram da avaliação – muitas cidades optaram por não participar do ato. Conforme noticiado em setembro por este diário, após reunião realizada entre os municípios que fazem parte da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação) ficou decido, na ocasião, que 15 cidades não iriam realizar o Saresp.
O motivo é a mudança que o governo estadual promoveu a partir da Resolução SE-41, de 18 de agosto de 2015, a qual implica que as cidades que quiserem aplicar as provas na rede municipal deveriam pagar pelo material, adquirindo o conteúdo direto pela Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista). Diante da atual situação de crise que o Brasil passa, em que as prefeituras adotaram várias iniciativas de contenção de despesas, seria inviável tal gasto, além do trâmite de licitação – para contratar empresa para aplicar o exame – que levaria tempo, pontuou representantes da Undime e das secretarias municipais de Educação.
Explicações
De acordo com a gestora da Seduc (Secretaria Municipal de Educação) de Presidente Prudente e representante da Undime, polo de Prudente, Ondina Barbosa Gerbasi, não houve mais reunião para tratar sobre o Saresp, por isso não é possível afirmar o número exato de cidades que não vão participar. No entanto, a secretária diz que acredita que permanece as 15 que tinham sinalizado no encontro em setembro.
Prudente está entre os municípios que optaram em não fazer a prova. Ondina explica que a mudança adotada pelo Estado, além da questão financeira, implica em tempo hábil para o processo de licitação, fato que impossibilita o procedimento. Questionada se a falta ocasiona algum problema aos estudantes municipais, Ondina ressalta que não, visto que há outras avaliações nas escolas. "Participamos da prova Brasil. Não aplicar o Saresp não causa perdas", frisa.
Os estudantes da rede municipal de Presidente Epitácio também não vão fazer as provas. Segundo a secretaria de Educação e Esporte, Liana Aparecida Cossa do Prado, a cidade optou em não participar do Saresp pelo gasto extra que teria com a aquisição do material. Mas a gestora explica que outras avaliações externas são adotadas para analisar o desempenho dos estudantes.
Teodoro Sampaio também não vai participar, informa o diretor de Educação e Cultura do município, Edimar Batista de Oliveira. Ele não citou os motivos, mas pontuou que os alunos da rede municipal vão fazer outra prova, nos mesmos moldes do Saresp.
