Apesar da epidemia de dengue em Presidente Prudente, constatada por 2.570 casos positivos neste ano, pelo menos 500 agentes temporários, dos mil contratados pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), deixarão de realizar os serviços de apoio em todo Estado, que soma 630.021 registros da doença. Esta medida, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, equivale ao fim do contrato desses funcionários, que teve duração de seis meses. A pasta ainda informa que haverá reposição do quadro de agentes para garantir a continuidade do apoio estadual aos municípios no combate ao
Aedes aegypti, entretanto,
não informou precisamente o período desta ação.
Em nível regional, Presidente Venceslau, por exemplo, responsável por coordenar 21 das 45 cidades do oeste paulista, a partir do ano que vem terá 16 funcionários a menos em seu quadro, que atualmente conta com 33. Por meio de nota, a secretaria esclarece que não houve "demissão" ou "exoneração" de agentes, mas término de contrato temporário de trabalho, não passível de renovação por impedimento da lei. "Quando assinaram o contrato, os profissionais sabiam que o trabalho era temporário", acrescenta a pasta.
O órgão pontua também que o governo do Estado lançou nesta semana o Plano Estadual de Combate às Arboviroses, uma força-tarefa que contará com um esquadrão de homens da PM (Polícia Militar) e da Defesa Civil de São Paulo atuando para exterminar focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, por todo o Estado de São Paulo.
A reportagem tentou entrar em contato com a base regional da Sucen de Presidente Prudente, entretanto, em razão do feriado, não havia expediente.
Ação
Conforme divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, homens da Polícia Militar e da Defesa Civil serão mobilizados pelo governo do Estado para, em conjunto com os municípios, exterminar o
Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e do zika vírus. Estratégia que faz parte do Plano Estadual de Combate às Arboviroses, coordenado pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com outras 11 secretarias estaduais. Para tanto, um fundo específico será criado, sendo que o valor deste será superior a R$ 50 milhões por ano.
SAIBA MAIS
DENGUE EM PP
Segundo dados da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), os 2.570 casos de dengue registrados em Presidente Prudente ultrapassam em dez vezes as confirmações de 2014, quando, de janeiro a dezembro, foram constatados 216 casos positivos. Estatística que se intensifica com os recentes números anunciados, em que atualmente existem 5.458 notificações e outros 50 exames aguardando resultados. Segundo a vigilância, a área mais preocupante é a 4, que contempla bairros como Parque Residencial Jarina, Vila Furquim, Itapura 1 e 2, Brasília, Planalto, José Rota e distrito industrial. Nesta região, a incidência é constante, com mais de 600 casos.
