Não sei se vocês notaram, mas o sinistro ano de 2024 está passando depressa demais. Parece um ano com a velocidade de disco voador. Já estamos na segunda quinzena de março, o terceiro mês do ano, detalhe que nem precisava ser lembrado até porque todo mundo sabe que março é o terceiro mês.
Se o ano está turbulento é bom mesmo que passe velozmente. As águas de março fecham o verão, como diz a bela canção "Águas de Março", de Tom Jobim, o maestro soberano. Aliás, a título de informação - ou curiosidade -, lembro que críticos americanos consideram “Águas de Março" como uma das dez melhores músicas de todos os tempos.
E aqui predomina o sertanojo (argh!). O Brasil já foi mais elegante na música. Tem passarinho, como o pintassilgo, que canta melhor do que certos "cantores" contemporâneos. A atual música brasileira está uma porcaria. Ainda que bem comparando, parece aquilo cuja denominação começa com B, prossegue com O, segue com S, aparece um T e termina com A.
Mas o assunto aqui é o ano em curso. Além do clima extremo, com calor e frio terríveis, março prossegue com duas guerras que parecem não ter prazo para terminar. O Putin volta e meia fala em usar bombas atômicas. Não duvide. Ele pode usar mesmo, se a situação no Leste Europeu se complicar, se bem que já está muito complicada.
Como também está complicada a guerra na Faixa de Sangue, quer dizer, Faixa de Gaza. Também ainda que bem comparando, se me permitem uma metáfora, aquilo lá parece uma patrulha motorizada contra uma procissão. Os participantes da procissão não têm a menor chance.
O Israel sionista (judaísmo é outra coisa) provoca um genocídio contra os palestinos, como já foi dito e escrito à exaustão. Pelo menos 30 mil palestinos foram mortos, incluindo mulheres grávidas e crianças. Bibi Cramulhão disse que pelo menos 8 mil mortos eram "terroristas". Provas ele não apresentou.
Israel não respeita nada, nem o papa Francisco e a ONU. Com a proteção do Tio Sam (gue), deita e rola no Oriente Médio. O conflito é, na verdade, uma limpeza étnica. A ordem é varrer os palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Se uma cessar-fogo não passou a vigorar neste mês, torcemos para que as armas se calem em abril antes que seja tarde demais. Não se iludam. É assim que o mundo é.
DROPS
O povo não come polvo.
Quem tudo quer pode ser que consiga tudo o que quer.
Filme de março em Bruxelas: "O Circo dos Horrores", estrelando atores canastrões da OTAN.
Estava mais por fora do que relógio de pulso.
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