Foi divulgado na terça-feira, o Atlas da Violência 2016, produzido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), que apresenta os dados referentes à violência letal no país. O estudo aponta que as microrregiões de Adamantina e Dracena estão entre as 20 consideradas "mais pacíficas".
Os dados levantados são referentes a 2014 e, neles, Adamantina aparece na sexta posição, com uma média de 4,4 homicídios cometidos por 100 mil habitantes, levando em conta que a população da microrregião analisada é de 166.171 pessoas. Dracena aparece na 20ª posição, com uma média de 6,5 homicídios a cada 100 mil habitantes, considerando que a microrregião analisada reúne 122.671 pessoas.
"Adamantina é uma cidade muito peculiar na região, pois, além de ser muito boa para se viver, existe uma integração muito grande entre as forças de segurança, o que garante a realização de um bom trabalho", afirma o delegado assistente da Delegacia Seccional de Adamantina, Carlos Roberto Vasconcelos. "Existe também um entrosamento muito forte do policiamento com a comunidade, por meio dos conselhos comunitários", completa, ressaltando a importância da somatória de esforços que acabam refletindo em bons índices estatísticos. "Hoje de manhã mesmo tivemos mais uma reunião com a Polícia Militar para tratar de estratégias na cidade", exemplifica a autoridade.
Apesar de apresentar resultados acima da média estadual, a microrregião de Presidente Prudente obteve um índice abaixo da média nacional referente ao número de homicídios. Foram registrados, de acordo com o estudo, 15,28 homicídios por 100 mil habitantes na microrregião, levando-se em conta uma população de 601.915 pessoas. Em todo o país, o índice foi de 29,1 homicídios por 100 mil habitantes e, no Estado de São Paulo, foram 13,4 homicídios por 100 mil habitantes.
Dados do Ministério da Saúde
Segundo a publicação do Ipea e do FBSP, as análises do Atlas da Violência 2016 "foram baseadas, principalmente, nos dados do SIM , do Ministério da Saúde, que traz informações sobre incidentes até ano de 2014". Para complementar a análise, em alguns tópicos houve o cruzamento das informações do SIM com outras provenientes dos registros policiais e que foram publicadas no 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do FBSP.