O CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá e as penitenciárias de Dracena, Junqueirópolis, Lucélia, Pacaembu, Tupi Paulista, Martinópolis, Presidente Bernardes, Flórida Paulista e também a P2 de Presidente Venceslau são as dez unidades prisionais da região de Presidente Prudente que já passaram pelo processo de automatização realizado pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária). Além delas, o CDP de Pontal, que também faz parte da Croeste (Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Oeste), é outra prisão que já foi automatizada, de acordo com a secretaria.
Penitenciária 2 de Venceslau é uma das que já foram automatizadas na região prudentina
"Tivemos muitas notícias de agressões contra os agentes de segurança penitenciária, em todo o Estado, e por isso é necessário um investimento ainda maior em automatização", ressalta o deputado estadual Ed Thomas (PSB), durante visita da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), realizada no fim de abril, a três penitenciárias localizadas na região de Prudente.
Ainda de acordo com a SAP, em todo o Estado, são 51 unidades penais e três alas de detenção provisória com as portas das celas já automatizadas, sendo que outras 11 estão em fase de automatização. "A pretensão da secretaria é a de automatizar as portas das celas de todas as penitenciárias e de todos os centros de detenção provisória do Estado e já está prevista a automatização das portas de celas de outras 13 prisões", ressalta nota enviada pelo órgão. Em 2015, o governo do Estado investiu R$ 9.707.870,72 nessa mudança de sistema. Ainda na região, a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista e a P1 de Presidente Venceslau devem ser as próximas a ter seus sistemas automatizados.
O sistema automático permite a abertura e fechamento das portas sem que os funcionários tenham contato direto com a população carcerária e é controlado por meio de painel eletrônico que permite abertura e fechamento automaticamente. Se houver queda de energia os trabalhos continuam, uma vez que a parte elétrica está ligada a um gerador e, com isso, aumenta-se a segurança dos trabalhadores.
Manifestação
Durante a visita da comissão, trabalhadores do sistema prisional, representados pelo Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), pelo Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) e pelo Sindcop (Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista) realizaram uma manifestação em defesa dos trabalhadores no centro de Prudente. Uma das reivindicações da categoria é a automatização de todas as prisões do Estado.