A soma dos registros de 10 municípios da região de Presidente Prudente, consultados pela reportagem, indica que em 2023 foram confirmados 49.082 casos e 35 mortes causadas pela dengue. Em meados deste mês, 360 pessoas estavam com a suspeita da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e aguardavam resultado de exame.
Maior cidade do oeste paulista, Prudente lidera a lista de casos confirmados, com 36.192 ocorrências e óbitos. No período, 24 pessoas perderam a vida por conta da dengue. Conforme o último boletim epidemiológico, 300 casos estão sob suspeita.
No decorrer de todo ano, O Imparcial noticiou diversas ações realizadas pelos municípios regionais, com vistas a eliminar a proliferação do mosquito-vetor da dengue. Mutirões de recolhimento de entulhos, ações de nebulização pelos bairros, medidas de fiscalização e de orientações à população foram feitos de forma corriqueira.
E é neste período que as ações preventivas devem ser intensificadas. Conforme o Ministério da Saúde, o período mais chuvoso no Brasil, na maior parte do país, costuma ocorrer de novembro e maio. É também nesta época do ano que o país regista um aumento significativo nas notificações de casos de dengue. Para avançar com as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito que também transmite zika e chikungunya, a pasta reforça a importância fundamental da participação da sociedade na eliminação dos focos do mosquito em ambientes domésticos.
A dengue é a arbovirose (doença causada por vírus transmitido por mosquitos) urbana mais relevante nas Américas, principalmente no Brasil. Segundo informações do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, os depósitos de armazenamento de água para consumo, como caixas d’água e tambores são os principais criadouros do mosquito, correspondendo a 39,6% dos locais descobertos com foco de larvas do Aedes.
Em seguida, estão os vasos, garrafas, calhas, lajes, e os depósitos naturais, como bromélias, que correspondem a 36,45% dos criadouros positivos. Já pneus e resíduos passíveis de remoção correspondem a 23,95% dos pontos de encontro de larvas. Os dados foram obtidos por meio dos levantamentos de índices larvários, consolidados até 26 de outubro de 2023.
Os ovos do Aedes aegypti medem cerca de 0,5 mm, o que pode dificultar a visualização. Apesar de minúsculos, eles possuem resistência à seca e podem se manter viáveis no ambiente por um ano, até entrarem novamente em contato com a água. É nesse momento que os ovos eclodem e, em poucos dias, as larvas se transformam em mosquitos adultos. Mesmo com um ciclo de vida de curto, de 45 dias em média, a fêmea do mosquito Aedes pode colocar centenas de ovos ao longo da vida.
SAIBA MAIS
Na tabela abaixo, confira o número de casos confirmados, suspeitos e de óbitos causados pela dengue em 10 municípios do oeste paulista em 2023:
Município: |
Caso confirmados em 2023: |
Casos suspeitos atualmente: |
Óbitos: |
Álvares Machado |
2.163 |
4 |
2 |
Nantes |
219 |
1 |
1 |
Pirapozinho |
2.612 |
6 |
2 |
Presidente Bernardes |
1.775 |
0 |
1 |
Presidente Prudente |
36.192 |
300 |
24 |
Rancharia |
1.849 |
1 |
4 |
Regente Feijó |
613 |
* |
0 |
Rosana |
2.357 |
17 |
1 |
Santo Anastácio |
897 |
* |
* |
Teodoro Sampaio |
405 |
31 |
0 |
Total: |
49.082 |
360 |
35 |
Fonte: Consulta aos municípios