O 1º Simpósio de T21 (Trissomia do Cromossomo 21) e TEA (Transtorno do Espectro Autista), organizado pela Toledo Prudente, teve início nesta sexta-feira no anfiteatro do centro universitário, com uma série de atividades voltadas para a discussão multidisciplinar das mais recentes abordagens de atendimento a pessoas com T21 e TEA. O evento segue até este sábado, das 8h às 12h.
A coordenadora dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Toledo, Alessandra Madia Mantovani Fabri, e a fisioterapeuta Mileide Stoco de Oliveira, envolvida na organização do evento, destacam que o objetivo principal do simpósio é manter o diálogo ativo sobre esses temas, trazendo atualizações sobre avaliações e intervenções para as populações. “É essencial discutir de forma multidisciplinar as questões mais atuais sobre os atendimentos para pessoas com T21 e TEA, pois isso permite um melhor planejamento de atendimento e critérios de alta”, pontua Alessandra.
De acordo com as organizadoras, o simpósio é voltado para pais, profissionais da saúde e educação, universitários, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores e qualquer pessoa interessada no assunto. “Nosso objetivo é alcançar não apenas a comunidade acadêmica, mas todos os interessados em aprender e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com T21 e TEA”, realça Milena.
Inscrições e workshops
As inscrições para o simpósio podem ser realizadas através do link https://eaa.toledoprudente.edu.br/inscricao/evento/simposio%20de%20sindrome%20de%20down%20e%20transtorno%20de%20espectro%20autista , com custo de R$ 80.
Entre os destaques do evento estão dois workshops que serão realizados neste sábado, das 8h às 12h: “T21: do nascimento aos primeiros passos”, com a Dra. Roberta de Carvalho Mustacchi, referência nacional no assunto, e “No trabalho com TEA: como conciliar manejo de comportamentos e ensino de habilidades? Estratégias baseadas em ABA [Análise do Comportamento Aplicada]”, com as professoras Barbara Moreno e Isabela Maria de Souza.
A fisioterapeuta Tânia Cristina Bofi, coordenadora da UniMúltiplas – grupo que reúne profissionais das áreas da educação e da saúde e que colaboram com pessoas e famílias na condição de T21 - abordou a evolução histórica e os desafios atuais relacionados à T21. “A Síndrome de Down foi descrita pela primeira vez em 1866 pelo médico britânico John Langdon Down. Na década de 1950, o médico francês Jérôme Lejeune identificou que as características eram causadas por um erro no cromossomo 21, resultando em um cromossomo extra”, iniciou Bofi.
“Com o avanço e acesso aos recursos de saúde e educação, a expectativa de vida das pessoas com T21 aumentou significativamente. A inclusão em serviços de saúde, educação, mercado de trabalho, e atividades culturais é fundamental para a qualidade de vida e a superação do capacitismo e segregação”, completou a fisioterapeuta.
