DESCONCERTANTE:
Um dos filmes mais desconcertantes que assisti recentemente me tirou de órbita e me fez refletir por um bom tempo, é também o vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, com um troféu mais que merecido.
GUERRA:
Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, acompanhamos o dia a dia de uma família pacata, que assim como qualquer outra, tem seus momentos felizes e dilemas, mas a diferença aqui é que eles vivem exatamente ao lado do maior campo de concentração, em Auschwitz, separados apenas por um muro.
SUTIL:
Aqui vemos um holocausto “invisível”, já que nenhuma cena mostra a realidade dos judeus aprisionados nos campos, mas a experiência sensorial que o longa propõe vai além disso! O diretor obriga-nos a enxergar aquilo que não vemos em cena. As imagens ocultas no filme são preenchidas pelo imaginário do público que recebe, do início ao fim, sugestões do que ocorre do outro lado do muro.
VIOLÊNCIA:
As sutilezas iniciais tornam-se cada vez mais óbvias: uma chaminé ao fundo, a fumaça denunciando um trem se aproximando, gritos de dor, tiros, morte e as cinzas que invadem o terreno e adentram a casa, alertando para viver no “paraíso” de Hedwig (maravilhosamente interpretada por Sandra Hüller).
MALDADE:
Vendo os absurdos cotidianos somos transportados a alguns questionamentos, como: o ser humano é capaz de cometer as maiores atrocidades possíveis a outro ser humano, ou como diante das maiores tragédias humanas, somos capazes de não enxergar e agir para impedi-las ou revertê-las? Somos capazes de virar o rosto e fingir que nada está acontecendo e continuar com nossas vidas confortáveis.
FINAL:
Com a conclusão, temos mais perguntas do que respostas, mas independente disso, não deixamos de sentir o impacto do que foi visto! “Zona de Interesse” é uma mega aula sobre cinema e natureza humana! Vale muito a pena e, está disponível no Prime Video.
