A cada dia, novos casos de violência contra mulheres vêm à tona, revelando uma triste realidade que persiste em muitas casas brasileiras. O episódio registrado neste domingo, em Presidente Venceslau, em que um homem foi preso após agredir sua companheira com uma cadeirada na cabeça, é apenas mais um entre tantos relatos que evidenciam o perigo silencioso enfrentado por milhares de mulheres.
A violência doméstica não se resume apenas a agressões físicas. Muitas vítimas sofrem também com ameaças, humilhações e controle psicológico, presos a relacionamentos onde o medo dita as regras. O que impede muitas mulheres de denunciarem seus agressores? O receio de represálias, a dependência financeira, a falta de apoio familiar e, principalmente, a sensação de que não serão protegidas após a denúncia.
No entanto, é preciso lembrar que romper esse ciclo é possível. Cada mulher que encontra coragem para denunciar não apenas se liberta, mas também encoraja outras a fazerem o mesmo. A sociedade, por sua vez, tem o dever de oferecer suporte, garantindo que essas vítimas não fiquem desamparadas.
A prisão do agressor em Presidente Venceslau reforça a importância de uma resposta rápida das autoridades. A aplicação rigorosa da Lei Maria da Penha e a existência de redes de apoio são fundamentais para que as vítimas se sintam seguras ao buscar ajuda. Mas é preciso ir além: educar meninos e meninas desde cedo sobre respeito e igualdade, investir em políticas públicas que garantam independência para essas mulheres e incentivar a denúncia de qualquer sinal de violência.
Que cada caso noticiado sirva de alerta e encorajamento. A violência doméstica não pode ser normalizada, e a luta para erradicá-la deve ser de todos. Afinal, nenhuma mulher deve sofrer calada – e nenhum agressor pode ficar impune.