"Tubarão"

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 10/09/2024
Horário 08:09

Steven Spielberg já tinha demonstrado seu talento previamente com o clássico “Encurralado” de 1971, mas foi reconhecido mundialmente por público e crítica, com este imenso sucesso de 1975, que gerou continuações e uma série de filmes baseados em suspenses aquáticos, como “Orca”, “A Baleia Assassina” (78) e “Piranha” (78). Nada se iguala a este original que conta a história de Tubarão (Jaws): Um terrível ataque a banhistas é o sinal de que a praia da pequena cidade de Amity, na Nova Inglaterra, virou refeitório de um gigantesco tubarão branco. O chefe de polícia Martin Brody (Roy Scheider) quer fechar as praias, mas o prefeito Larry Vaughn (Murray Hamilton) não permite, com medo de que o faturamento com a receita dos turistas deixe a cideade sem recursos. O cientista Matt Hooper (Richard Dreyfuss) e o pescador Quint (Martin Shaw) se oferecem para ajudar Brody a capturar e matar a fera, mas a missão vai ser muito mais arriscada e complicada. Venceu em três das quatro categorias técnicas a que foi indicado ao Oscar do ano, e arrecadou históricos 133 milhões de dólares em seu lançamento.

Desculpas e prioridades
Temos pouco tempo. Muitas obrigações e demandas. A vida atual nos obriga a se virar para dar conta de tantas responsabilidades cotidianas. É difícil encontrar tempo para lidar com trabalho, filhos, alimentação, esportes, lazer, redes sociais, transporte... e sempre tem intercorrências que nos roubam mais e mais preciosos minutos dessa já justa agenda. Nem sempre conseguimos. Falhamos em algumas questões. Deixamos outras para depois, e adiamos muitas numa procrastinação justificada e autoexplicada. Mas será que estamos sabendo realmente dividir o tempo de forma justa ou equilibrada? O que está ficando para depois é realmente secundário, ou simplesmente optamos pela preguiça ou pelo mais rápido ou prazeroso. Não temos tempo realmente de fazer uma atividade física regular? Não conseguimos preparar uma alimentação mais saudável? Não dá tempo de dar um pouco mais de atenção para aquele amigo ou parente que nos é, ou ao menos foi tão importante? E os idosos? Não temos tempo ou acostumamos a ofertar migalhas de afeto? Sempre temos honrosas explicações para justificar nossas falhas ou absoluto desmazelo no cuidar dos mais velhos: o trabalho me exige, meus próprios filhos me exigem! De repente, cada um tem sua própria família, e se desgarram das famílias originais e a raiz familiar fica ali, esquecida e abandonada, diante das desculpas fincadas no tempo. Tudo se trata de prioridade. Se não há tempo, é porque não é prioritário. Simples. Se não há tempo para uma visita aos pais idosos, não é sinal de má administração de tempo, mas sim, a estampa pura e simples de que suas prioridades são outras. O idoso não é prioridade, não é o que vem em primeiro lugar dentro das vidas das pessoas. Se não é prioridade dentro das famílias, não é prioridade social, muito menos política. A priorização do idoso vai se diluindo, pela própria ação do idoso, que se resigna calado, diante de um filho ausente. Porque ele reconhece no filho, a sua própria ação. Priorizamos a cria, em qualquer geração, e assim, o genitor aceita que seu filho cuide do seu próprio filho. E de segundo plano, às vezes ficam em plano nenhum. 

Dica da Semana

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Fim: Atores saudosos de “Cabocla”: 
A novela “Cabocla”, de Benedito Ruy Barbosa em seu remake de 2004, está sendo reexibido em Edição Especial nas tardes da Globo e é oportunidade para rever artistas já falecidos em seu elenco: Sebastião Vasconcellos (Felício), John Herbert (Vigário Gabriel), Umberto Magnani (Chico Bento), Henrique César (Delegado André), Jardel Mello (Coronel Olavo) e Mário César Camargo (Agenor). 


 

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