Dentre as várias frases “batidas” entre empresários, presentes em inúmeros livros - manuais “infalíveis” - de autojuda corporativa, e mais recentemente nos inúmeros “podcasts” empresariais, há aquelas mais ou menos assim: “Siga o que os grandes fazem e torne-se um deles”, “Ande com os melhores e não com os medíocres”, e por aí vai.
Como estes livros são comprados, e os vídeos assistidos, por muitos gestores, imagina-se que estes concretizem o que leem e assistem; mas a questão, a dúvida é: será que concretizam mesmo?
Levanto esta reflexão porque dias atrás surgiu-me um vídeo de um podcast no YouTube em que o entrevistado era ninguém mais, ninguém menos que um dos maiores empresários do Brasil, um dos ícones do mundo e sucesso corporativo, Jorge Gerdau, presidente do Conselho de Administração da Gerdau, a maior empresa produtora de aço do país e uma das maiores do mundo do setor, com faturamento e valor de mercado bilionários.
Em dado momento da entrevista, o empresário foi questionado sobre a importância da educação dos colaboradores para a produtividade da empresa, com o destaque, pelo entrevistador, de que para muitos empresários a educação representa apenas um custo, um dinheiro mal gasto, e que há o medo de investir em colaborador que depois pode ir para a concorrência. A resposta do entrevistado foi imediata: “pague ele bem para não sair”.
Além desta dica valiossíssima (de pagar bem os colaboradores), o que chama a atenção na entrevista – e que deveria ser copiado pelos empresários para então sim concretizarem o que leem e assistem – é a consciência do grande empresário sobre a altíssima relevância da educação corporativa (treinamentos) como um os ingredientes para o sucesso da empresa, pensamento demonstrado pouco antes da pergunta quando contou parte da história da empresa e o momento em que contratou uma assessoria empresarial que foi ao Japão para absorver as metodologias de lá para aplicar na empresa e aos colaboradores desta.
Imagine você, empresário, o valor do investimento! E neste ponto algum empresário poderá pensar e/ou dizer: “Mas, também, é a Gerdau, empresa bilionária que pode realizar um investimento deste. A minha empresa é pequena e não posso ‘gastar’ com isso”.
Essa frase, também muito conhecida (mas não presente nos “manuais”), contém dois grandes equívocos. Um, referente a que somente grandes e bilionárias empresas podem investir em educação, como se o valor fosse sempre elevadíssimo, impossível de se dispor, o que não é, vez que se a empresa é até mesmo micro ou média, o investimento é proporcional. Outro, e muito mais grave, é o de considerar o dinheiro aplicado em educação como gasto e não como investimento.
Concluindo, fechando o raciocínio sobre a educação corporativa, disse o empresário: “Se você investe em educação, o colaborador produz mais, aumenta o faturamento da empresa, faturamento este que permite recuperar o valor investido na educação e pagar bem o colaborador, que não sai da empresa”, ou seja, pensamento simples do gênio empresarial, simples como a genialidade geralmente é.
Bom... se você, empresário, não vai seguir e aplicar a dica de um empresário como esse, vai seguir de quem?
Em 2025, invista em educação na sua empresa, treine seus colaboradores, pare de perder e comece a ganhar dinheiro.